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Dois representantes da empresa Visão Publicidade faltaram no depoimento marcado para a tarde desta quarta-feira (19) na CPI que investiga supostas irregularidades nos contratos de publicidade da Câmara de Curitiba. O proprietário da Visão Publicidade, Adalberto Gelbecke Jr.; e o representante da empresa nos contratados firmados com a Câmara de Curitiba, Luiz Eduardo Gluck Turkiewicz, deveriam prestar esclarecimentos sobre os contatos. Segundo os vereadores, apenas Turkiewicz justificou a ausência, com um atestado médico.

No atestado, o representante da empresa diz que precisou fazer uma cirurgia e poderá ficar em repouso por até 60 dias. Os vereadores da oposição formaram uma comissão para ir até o hospital onde Turkiewicz estaria internado. No local, eles constataram que as informações do atestado eram verdadeiras.

Já Gelbecke não foi encontrado e não teria apresentado justificativa para a ausência. Vereadores cogitam a hipótese de o proprietário da empresa estar viajando.

O regulamento da comissão prevê que, após duas faltas sem justificativa, a pessoa que foi convocada a depor poderá ser intimada pela Justiça a comparecer e prestar esclarecimentos sobre os fatos investigados.

Na próxima segunda-feira (24), os vereadores devem se reunir para marcar uma nova data para o depoimento dos dois responsáveis pela Visão Publicidade. Na quarta-feira (26) está previsto o depoimento de Cláudia Queiroz Guedes, proprietária da Oficina da Notícia e esposa do presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB).

Empresa foi responsável por jornal suspeito

A Visão Publicidade foi responsável pelo jornal supostamente "fantasma" Câmara em Ação. A Câmara pagou, desde 2004, R$ 18,3 milhões pelo periódico mensal – que chegou a ter tiragem de 247 mil exemplares, segundo dados do Tribunal de Contas.

Entretanto, desde o início dos escândalos, em julho, apenas um exemplar foi mostrado publicamente, o que levanta a suspeita de que ele não chegou a ser impresso ou, ao menos, que a tiragem foi menor do que a divulgada. Ao todo, a empresa geriu uma verba de R$ 26,8 milhões, desde 2006. A empresa já tinha contrato com a Câmara desde 2002.

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