Petistas na Câmara creditaram os resultados da pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira, 25, à adoção de uma agenda em resposta às manifestações de junho, o que inclui o programa Mais Médicos e o projeto de lei que destina os recursos do petróleo para a educação e para a saúde.
"A pesquisa indica uma recuperação da avaliação positiva do governo", comemorou o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), que atribuiu o desempenho da presidente aos pactos propostos em resposta às manifestações de junho. "A oposição está confusa e não tem uma agenda sobre o que aconteceu", concluiu. A leitura é similar à do líder do governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que, além da lei dos royalties e do Mais Médicos, citou também a manutenção de baixos níveis de desemprego como outro ponto que ajudou para essa recuperação. "As pessoas acompanharam o debate. Ao combater o Mais Médicos, a oposição foi derrotada no tema", pontuou Chinaglia ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Divulgado nesta quinta-feira, 24, o levantamento Ibope mostrou que, se as eleições fossem hoje, Dilma se reelegeria no primeiro turno em três dos quatro cenários propostos. Naquele tido hoje como mais provável, no qual figuram como concorrentes o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), Dilma aparece com 41% das intenções de voto, 17 pontos percentuais a mais do que a soma de seus dois adversários. O único quadro em que a pontuação de Dilma (39%) não supera a dos concorrentes, condição necessária para vencer no primeiro turno, é aquele com a ex-senadora Marina Silva (21%) e com o ex-governador de São Paulo José Serra (16%).
Apesar do quadro de vitória no primeiro turno em três dos quatro cenários analisados, ambos petistas ecoaram as declarações do líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), que nesta quinta cobrou que a sigla não pode ter "salto alto". "Nós não temos receio nenhum de disputar a eleição em dois turnos", disse Vargas.
O vice-presidente da Câmara também atribuiu o desempenho da presidente à uma maior presença junto à população, empreendendo mais viagens para a inauguração de obras nos Estados. Para Vargas, a presidente passou a "mediar" seu perfil técnico com um mais político, o que também se refletiu nas pesquisas.
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