Defendida pela comissão que prepara a reforma do estatuto do PT, a ideia de restringir as prévias para a escolha dos concorrentes a prefeito, governador e presidente divide o partido. Dirigentes acreditam que é preciso conter as disputas internas e "monitorar" o confronto onde a sigla é governo, mas pré-candidatos às eleições municipais de 2012 temem ver o direito cerceado.

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Para o secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) está "absolutamente certo" ao dizer que "seria um desastre" o PT promover uma prévia em São Paulo para definir o candidato à sucessão de Gilberto Kassab.

"O PT não pode ser o PSDB, que só decide o candidato em reunião de caciques tomando vinho, mas também não pode continuar como hoje, em que qualquer um vai lá disputar e as pessoas ficam se matando", afirmou Vargas. "Prévia virou competição de egos. As vaidades devem ser postas de lado, pois os prejuízos podem ser grandes para nós, que governamos o Brasil."

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Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Carvalho disse concordar com propostas da comissão que debate a reforma do estatuto do PT, aumentando as exigências para realizar prévias. "No caso de São Paulo, o PT deve ter maturidade para chegar a um entendimento", avaliou. Na capital, são pré-candidatos o ministro Fernando Haddad (Educação), os senadores Marta Suplicy e Eduardo Suplicy e os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini.

Coordenada pelo deputado Ricardo Berzoini (SP), a comissão preparou um anteprojeto de reforma do estatuto que será debatido no 4.º Congresso da sigla, em setembro. O texto é preliminar e pode receber emendas, mas já indica o caminho defendido pela cúpula petista, com apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.