A pesquisa "Datafolha" divulgada neste domingo (16) agradou a todos os partidos envolvidos. Se os tucanos comemoram a primeira posição do governador de São Paulo, José Serra, os petistas consideraram positivo o fato de a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não ter caído, apesar dos dias de exposição negativa. Já o PSB vê o empate entre Dilma e Ciro Gomes (PSB-CE) como um sinal de que a candidatura de Ciro é viável.
"A pesquisa é muito boa para a Dilma, porque a distância para Serra vem diminuindo e as intenções de voto estão estáveis, mesmo após dias de exposição negativa", analisa o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP). Ele avalia que a possível saída da senadora Marina Silva (AC) do partido e o enfrentamento entre Dilma e a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, poderiam ter retirado pontos da ministra, o que não aconteceu.
Já o senador Renato Casagrande (PSB-ES) afirma que os números do Datafolha confirmam a "viabilidade da candidatura de Ciro Gomes". "Ciro é um nome nacional. Compreendemos que ainda é muito cedo para esses números terem influência na eleição, mas é um resultado que o coloca no jogo", diz. Casagrande considera que o empate entre Ciro e Dilma mostra que as duas candidaturas são viáveis e PT e PSB precisam trabalhá-las. "No ano que vem faremos uma avaliação melhor", afirma.
Com o José Serra em primeiro lugar, com 37% das intenções de voto, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) considera a candidatura tucana consolidada. "É um voto consolidado. E, do outro lado, a candidatura governista não cresce e tem alto índice de rejeição. Esperava-se números maiores a essas alturas, com a alta exposição da ministra", avalia.
Os 3% obtidos pela senadora Marina Silva (AC) na pesquisa - que poderá trocar o PT pelo PV para ser candidata à Presidência - não surpreendeu nenhum dos lados. "Não esperava mais da Marina e acho difícil que a candidatura dela cresça muito mais", minimizou Vaccarezza. Já Álvaro Dias considera que a senadora poderá, sim, ter mais votos e complicar a candidatura de Dilma.
De acordo com o senador, Marina pode se beneficiar com os empates de Ciro e Dilma. "A tendência é ter uma polarização entre dois candidatos. Com o empate entre PT e PSB temos uma indefinição de quem será esse segundo candidato, o que pode levar votos para a Marina", diz.
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