A Polícia Federal prendeu na madrugada de domingo (7), em flagrante, o passageiro Enivaldo Quadrado, que desembarcou no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, de um vôo vindo da Europa, com mais de 360 mil euros não declarados. Ele é um dos envolvidos no escândalo do mensalão e responde a processo por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
A corretora dele, a Bônus-Banval, funcionava em um prédio em São Paulo. Segundo a acusação do procurador-geral da República, saiu da corretora parte do dinheiro pago a parlamentares, em troca de apoio político ao governo federal. Na viagem à Europa, Quadrado ficou hospedado em Madri. De lá, voltou para São Paulo, com escala em Lisboa.
Na chegada ao Aeroporto de Guarulhos, ele preencheu um documento no qual a Receita Federal pergunta se o passageiro está portando valores superiores a R$ 10 mil ou o equivalente em moeda estrangeira. A resposta dele foi não. No desembarque, policiais federais fizeram uma abordagem de rotina ao passageiro e descobriram que ele tinha maços de dinheiro vivo nas meias, na cintura, dentro da cueca e também numa pasta de mão.
Enivaldo disse que estava carregando 300 mil euros. Mas, na contagem, agentes da Receita Federal e da PF verificaram que havia mais: um total de 361.445 euros, quase R$ 1,2 milhão.
Preso em CDP
O homem foi preso por ter prestado informações falsas em documento oficial - crime que tem pena de até cinco anos de cadeia e mais multa. A caminho do Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (CDP), na Zona Oeste de São Paulo, ele preferiu o silêncio.
Para as autoridades, o homem teria dito que o dinheiro foi empréstimo de um amigo português e seria usado para a compra e revenda de carros no Brasil. A Receita Federal já determinou o confisco de cada nota. O advogado de Enilvaldo Quadrado disse que só vai se manifestar quando tiver acesso ao auto de prisão em flagrante.
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