Sem acordo entre governo e oposição e sem a presença de grande parte dos governistas no plenário, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), cancelou a reunião de líderes que estava marcada para a tarde de hoje (2), que seria para definir os projetos que devem ser votados até o final do ano. Até o início do recesso parlamentar, no dia 23 de dezembro, os deputados têm apenas três semanas de trabalho.
Durante a manhã, já havia fracassado a tentativa de Chinaglia de dar andamento na pauta do plenário da Casa, evidenciando a falta de disposição do governo em permitir as votações. O governo, que tem maioria folgada na Casa, com uma base que soma em torno de 380 deputados, não tem comparecido no plenário para dar número e avançar na pauta. Como os partidos de oposição (PSDB, PPS e DEM somam 128 deputados) não comparecem em grande número à sessão, dentro da estratégia de não votar a proposta de reforma tributária, não houve quórum e a sessão foi encerrada.
O governo, que vem insistindo na votação da reforma tributária, não conta com o apoio de sua própria base, como demonstra a falta de quórum na sessão. Mesmo quando há obstrução da oposição, o governo - quando quer - sempre vota as propostas, já que conta com uma base parlamentar bastante numerosa.
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