O encontro que deveria servir para chancelar o suporte de governadores à recriação da CPMF conseguiu reunir apenas sete dos 27 governadores. O evento começou no início da tarde, em Brasília, com os governadores do Rio de Janeiro, Ceará, Piauí, Bahia, Alagoas, Tocantins e Amapá, três deles do PT, três do PMDB e um do PDT. O governador Rui Costa (PT-BA) prometeu continuar procurando todos os governadores em busca de apoio para o imposto.
“Não queremos que seja um debate entre oposição e governo, ou um embate entre PT, PMDB, DEM e PSDB. É a busca da solução para uma crise que atinge todos os estados e municípios do país. Quem tem amor por esse país não pode cruzar os braços e lavar as mãos. Esse não é um problema de ontem, é um problema que atravessa vários governos, não é uma questão partidária”, disse Costa.
Wellington Dias (PT-PI) defendeu a elevação da alíquota dos 0,2% propostos pelo governo para 0,38%, para que essa diferença seja destinada ao caixa dos estados. Os governos do Sergipe e do Rio Grande do Sul enviaram emissários ao encontro.
“A crise não é de um só, é do país. Independente de quem a instalou. Temos que ter clareza de que a saída dessa crise depende de ações de todos nós, do Congresso, do setor produtivo e da sociedade. Estamos começando um debate, e a única coisa que não pode acontecer é não debatermos, não discutirmos”, defendeu Renan Filho (PMDB-AL).
Atendendo deliberação da direção do PSB, que se posiciona como independente, os governadores Paulo Câmara (Pernambuco), Ricardo Coutinho (Paraíba) e Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal) informaram, antecipadamente, que não iriam participar da reunião.
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, se reuniu da manhã desta quarta com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para discutir preliminarmente a viabilidade do porcentual que seria destinado aos estados. Ainda não há definição sobre uma eventual participação dos municípios nesta distribuição.
Os governadores da oposição não participam, apesar da mobilização de governadores aliados para trazê-los para o corpo a corpo orientado pelo Planalto. Na terça, os governadores oposicionistas criticaram a proposta da presidente de recriar o imposto.
Paulo Câmara, Coutinho e Rollemberg vão analisar as medidas, com a participação da bancada federal e da direção nacional do PSB, para deliberação sobre o ajuste pretendido e a decisão só deve ocorrer até o final da próxima semana. “O momento atual exige muita análise sobre as opções disponíveis, diante da grave crise econômica e política do Brasil”, disse Paulo Câmara.
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