Vaquinha
Valor excedente doado para Genoino deverá ajudar outros petistas
Agência O Globo
A família do ex-deputado José Genoino, condenado no julgamento do mensalão, publicou o comprovante do depósito da multa no site criado para arrecadar recursos para esse fim. Segundo texto de agradecimento postado na última segunda-feira, foram pagos os R$ 667.513,92 a que Genoino foi condenado no julgamento do mensalão. No site, a família afirma que foram doados R$ 94.448,68 a mais do que o valor necessário para arcar com a multa.
Segundo o texto, ainda há outros valores que terão de ser pagos, como tributos, mas a publicação indica que os valores depositados a mais devem ser doados para outros petistas que têm multas a pagar, como Delúbio Soares, João Paulo Cunha e José Dirceu. "Assim, não temos ainda um cálculo preciso do valor que restará após toda esta tramitação, mas com certeza daremos continuidade a essa corrente de solidariedade aos companheiros condenados injustamente na ação penal 470", afirma o texto publicado no site, assinado pela mulher de Genoíno e pelos filhos.
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), cancelou ontem a reunião da Mesa Diretora da Casa, prevista para o próximo dia 4 de fevereiro, em que seria discutida a abertura de um processo de cassação contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado no processo do mensalão.
A decisão de Alves ocorre na véspera de a presidente Dilma Rousseff participar de inauguração da Arena das Dunas, em Natal, reduto eleitoral do peemedebista. O recuo de Henrique Alves virou motivo de chacota entre os caciques do PT. Para o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), Alves "pagou mico" ao ter agendado o encontro da cúpula da Casa antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter expedido o mandado de prisão de João Paulo Cunha. "Como é que se agenda uma reunião dessas sem uma decisão dos ministros. Ele pagou mico", afirmou o petista.
Segundo Vargas, o PT não vai barrar a abertura pela Mesa Diretora da Casa de um eventual processo de cassação de João Paulo.
Entenda o caso
No último dia 6, o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, rejeitou dois recursos de João Paulo no processo do mensalão e autorizou o cumprimento do acórdão que condenou o deputado a 6 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva e peculato, tendo em vista que os recursos referentes a esses crimes já transitaram em julgado. O petista ainda aguarda, no entanto, a análise de um recurso contra a condenação por lavagem de dinheiro, o que elevaria sua pena a um total de 9 anos e 4 meses.
Embora tenha determinado a prisão imediata de João Paulo, Joaquim Barbosa não expediu o mandado de prisão. O ministro deve retornar a Brasília apenas no início de fevereiro.
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