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Após quase quatro horas de reunião no Palácio do Planalto sobre o caos vivido nos aeroportos de quase todo o Brasil há mais de dez dias, a Casa Civil divulgou na noite desta segunda-feira nota em que não esclarece o que será feito para solucionar o problema, que hoje causou o atraso de 520 vôos no país, o equivalente a 41,8% do total de pousos e decolagens.

A nota, assinada pela assessoria de imprensa da Casa Civil, informa apenas que o Comando da Aeronáutica, a Infraero e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tomarão rapidamente providências para resolver o caso.

"Foi determinado aos participantes da reunião, que adotem todas as medidas necessárias para sanar no menor espaço de tempo possível o problema dos atrasos nos horários dos vôos dos aeroportos brasileiros", diz o texto.

O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, chegou no início da tarde à reunião dizendo que os atrasos estavam acontecendo praticamente no Brasil inteiro e informou o número de atrasos, que posteriormente foi corrigido para mais. O brigadeiro fez questão de afirmar que a responsabilidade pelo controle de vôo não é da Infraero, que apenas administra os aeroportos, e sim da Aeronáutica.

Perguntado se tinha a expectativa de que o problema fosse resolvido até os feriados do final do ano, disse que esperava que as pessoas pudessem viajar tranqüilamente no período de Natal e Réveillon. Pereira afirmou, no entanto, desconhecer as razões dos novos problemas. Segundo ele, a reunião convocada pela Casa Civil serviria para promover uma "sinergia" entre os órgãos envolvidos.

- É a Aeronáutica que controla (os vôos). Vamos ver se a gente faz uma sinergia para ver se agente acha uma solução rápida para isso. Todos somos vítimas. Um diretor meu sofreu horrores para chegar a Brasília - disse.

Além do brigadeiro José Carlos Pereira, participaram da reunião a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno, e o presidente da Anac, Milton Zuanazzi.

Após o encontro, a Anac disse que a nota de Casa Civil seria a única manifestação oficial sobre o assunto.

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