A presidente Dilma Rousseff avisou nesta terça-feira (17) que está determinada a fazer uma reforma ministerial restrita, apesar da pressão do PT e de partidos da base, como o PMDB, pela ampliação de espaço. Em conversa com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), Dilma enfatizou que faria mexidas pontuais para atender a necessidades emergenciais. Argumentou que não faria mudança mais ampla para não desarranjar o desenho partidário atual da Esplanada dos Ministérios.

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Para interlocutores diretos, Dilma foi ainda mais objetiva: disse que havia um equilíbrio entre as legendas da base no seu governo e que, se fizesse agora grandes mudanças para ampliar o espaço do PMDB e atender às cobranças petistas, poderia prejudicar essa harmonia. Segundo relatos de aliados, Temer teria dito à presidente que entendia a situação e pediu então para que ela "veja como compensar o partido ao longo do tempo".

A cúpula peemedebista assimilou o recado e nesta terça-feira mesmo passou a defender o modelo adotado por Dilma para a reforma. Até então, o partido cobrava do Planalto uma pasta como Cidades ou Transportes. Ou seja, com estrutura e máquina para "ficar competitivo" nas eleições municipais deste ano.

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"A ordem é respeitar os espaços partidários. Ou seja, ninguém vai atropelar ninguém. Não haverá uma grande mudança. Serão feitas mudanças pontuais onde há urgência. Outras mudanças ficarão para um segundo momento", disse o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), que almoçou com Temer após a audiência entre o vice e Dilma.

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