A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados rejeitou ontem um projeto de lei que propunha a revisão da Lei da Anistia de 1979, pela qual ninguém pode ser punido pelos crimes políticos ocorridos na ditadura militar (1964-1985). O projeto, de autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), recebeu relatório contrário e acabou rejeitado em votação simbólica. A proposta previa que pessoas que cometeram crimes como a tortura pudessem ser punidos.
O Planalto, porém, articulou para que o projeto de Erundina não prosperasse. Havia o entendimento de que a proposta poderia assustar a oposição nas negociações para a aprovação do texto que cria a Comissão da Verdade. O projeto da Comissão da Verdade passou pela Câmara na semana passada e agora está no Senado. Um dos principais argumentos usados para facilitar o acordo esobre o projeto da comissão foi justamente que ela não gerará punições a agentes públicos por crimes cometidos no regime militar.
Ao final da sessão, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que representa setores conservadores das Forças Armadas, chegou a rasgar uma cópia do projeto de Erundina. "Foi para o saco, é um lixo." Ele também bateu boca com Ivan Valente (PSol-SP).
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