O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, votou nesta quinta-feira (11) pela absolvição de todos os seis réus acusados de terem cometido o crime de lavagem de dinheiro no atual item do julgamento. Para o ministro, o Ministério Público não conseguiu comprovar que os ex-deputados do PT Paulo Rocha (PA), João Magno (MG) e Professor Luizinho (SP), a ex-assessora de Paulo Rocha Anita Leocádia, o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e o ex-chefe de gabinete José Luiz Alves tinham conhecimento que os recursos recebidos eram de origem ilícita.

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Nessa parte do julgamento, Lewandowski abriu a primeira divergência com o relator da ação, Joaquim Barbosa. O colega votou pela condenação de Paulo Rocha, João Magno e Anderson Adauto, tendo absolvido os outros três réus.

O revisor disse que tinha que manter a coerência com votos que apresentou em capítulos anteriores. O ministro votou pela absolvição de Rocha, Adauto e Magno com o argumento de que o trio não sabia da origem ilícita do dinheiro, o que fez com outros acusados. "Não posso modificar agora o meu posicionamento teórico", afirmou. "Não houve utilização de mecanismo de lavagem de um banco ou de uma instituição financeira", ressaltou.

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No seu voto, o ministro do STF afirmou que os fatos ligados aos três réus guardam semelhança com o dinheiro recebido pela campanha do então candidato ao governo de Minas Gerais em 1998, o tucano Eduardo Azeredo. Esses fatos constam do processo do mensalão mineiro, que também tramita no Supremo.