A comemoração do Carnaval 2013 em Londrina está sob suspeita de irregularidades. A festa teria sido usada por um assessor do deputado federal André Vargas (PT) como ferramenta para uma tentativa de desviar recursos de patrocínio estatal, por meio da falsificação do material de divulgação. Em matéria publicada no último fim de semana, a revista Veja acusa André Guimarães, assessor de Vargas que tem base eleitoral em Londrina , de ter utilizado a organização do carnaval para desviar recursos da Caixa Econômica Federal (CEF) e da Petrobras. De acordo com a reportagem, Guimarães teria falsificado cartazes de divulgação da festa para conseguir, por meio do Instituto Nijmeh, um aporte de R$ 180 mil das estatais.
Ao Jornal de Londrina, Guimarães afirmou que sua participação no processo de busca de patrocínio foi apenas indicar o Instituto Nijmeh, entre outros, para desenvolver o projeto. Ele classifica a matéria da Veja como um ataque pessoal. "Eles ficam procurando me atingir porque eu criei uma rede de articulação política, que expõe algumas histórias que desagradam à revista", argumenta.
O presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário, Econômico e Social pela Cidadania (Adecesc), Stanley Garcia, responsável pela organização do evento, afirma que foram confeccionadas duas versões do cartaz. "O cartaz que não tinha o patrocínio era anterior ao apoio firmado com a Caixa e a Petrobras. Com os novos patrocínios, um novo cartaz foi confeccionado", explica.
Segundo ele, os cartazes com as marcas das estatais foram confeccionados pouco antes do carnaval. "O material foi confeccionado na semana do carnaval. No dia 4 de fevereiro começamos a divulgação dele", afirma. A Midiograf, gráfica que produziu a segunda versão do material, no entanto, informou ter feito a entrega do material na manhã do dia 8 de fevereiro, às vésperas da festa.
Entre os responsáveis pelas escolas de samba, ninguém se lembra de ter visto as marcas da Petrobras e da Caixa Econômica durante o evento. Nas imagens feitas pelas emissoras de tevê locais durante o desfile também não se veem as marcas das estatais. Há dois dias, a reportagem tenta contato com os responsáveis pelo Instituto Nijmeh, mas não foi atendida.
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