Ministro da Saúde, Ricardo Barros, se justificou usando dados do mercado de trabalho do IBGE.| Foto: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde

O ministro da Saúde Ricardo Barros enviou nota nesta sexta-feira (12) pedindo desculpas “se foi mal interpretado na frase que disse que os homens trabalham mais”.

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No lançamento de dois guias do Pré-Natal do Parceiro, que incentivam que homens façam exames preventivos ao acompanhar suas mulheres em consultas durante a gravidez, ele afirmou que os homens “trabalham mais do que as mulheres e são os provedores” das casas brasileiras e esse seria o motivo de eles não buscarem assistência médica.

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Na nota, Barros justificou que sua afirmação usou como base o número de homens no mercado de trabalho, presente na pesquisa Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta que, entre as pessoas de 16 anos ou mais ocupadas na semana de referência, 53,7 milhões são homens e 39,7 milhões, mulheres.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2014 mostrou que a jornada feminina tem cinco horas a mais do que a masculina, quando a ocupação remunerada é somada com as atividades feitas dentro de casa.

“As mulheres, além de trabalhar fora, têm as tarefas de casa, cuidam da família e ainda arrumam tempo para cuidar da saúde. A campanha que lançamos quer espelhar esse exemplo das mulheres”, diz. O levantamento do ministério apontou que 31% dos homens afirmaram não possuir o hábito de ir às unidades de saúde para buscar auxílio na prevenção de doenças e 55% deles justificaram que não vão ao médico porque nunca precisaram.

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O ministro finaliza a nota afirmando que o objetivo da campanha é mudar o comportamento dos homens. “Dentro de todas as tarefas diárias, ainda deve ser reservado um tempo para pensar na prevenção de doenças e na melhoria da qualidade de vida. Queremos que os homens aprendam a cuidar da saúde, como as mulheres fazem tão bem.”

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