O pré-candidato a prefeito pelo PT de São Paulo, o ex-ministro Fernando Haddad, deverá ter o deputado Ricardo Berzoini como coordenador político de sua campanha. Haddad confirmou que Berzoini é um dos nomes indicados pelo partido. Ao lado de Berzoini, Haddad terá na coordenação de sua campanha o tesoureiro José de Fellipe, que foi tesoureiro das campanhas de Lula e de Dilma. Além deles, integrarão o time de coordenadores Vicente Cândido e Enio Tatto.
"Pedi indicações. Berzoini é um dos indicados pelo partido", disse Haddad.
Segundo o ex-ministro da Educação, a decisão será oficializada na semana que vem.
A escolha do coordenador é um primeiro passo para agilizar a campanha do petista em São Paulo. Em recente pesquisa do Datafolha, Haddad apareceu com apenas 3% das intenções de voto. A maioria do eleitorado paulistano desconhece o pré-candidato, indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pretende repetir com Haddad o que fez com a presidente Dilma Roussef, tornando-o conhecido e transferido seu prestígio pessoal à candidatura.
Com o ex-presidente internado e, por enquanto, fora da campanha, o PT precisa buscar alternativas para aproximar Haddad do eleitorado. Uma delas seria que, enquanto Lula permanece em tratamento, a ex-prefeita de São Paulo, senadora Marta Suplicy, acompanhasse Haddad nas visitas aos diretórios do partido, principalmente nas zonas mais populosas e carentes da cidade.
Marta foi obrigada a desistir de disputar a Prefeitura de São Paulo, a pedido de Lula, e ainda se mostra reticente. O próprio Haddad ligou para Marta, mas a senadora alegou agenda apertada em Brasília.
"Ela vai ajudar, mas ainda está muito envolvida com o trabalho em Brasília", disse um dos aliados da ex-prefeita.
Na sexta-feira e na segunda, Haddad esteve nos bairros de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste, e Parelheiros, na Zona Sul, dois redutos tradicionais de eleitores do PT e de Marta Suplicy em São Paulo. Foi bem recebido, mas os militantes demonstraram claramente que não conhecem o pré-candidato e seus feitos à frente do Ministério de Educação durante o governo Lula e o primeiro ano do mandato de Dilma Roussef.
Por enquanto, a agenda de aproximação de Haddad com o eleitor continua tímida. As visitas à diretórios e ONGs que atuam nos bairros paulistanos estão limitadas a dois dias por semana - sexta-feira e segunda.
Enquanto o candidato José Serra (PSDB) anuncia apoio de deputados e vereadores do partido e acena com novas alianças, Haddad enfrenta problemas para conversar com os partidos da base aliada do PT no governo federal. Partidos que compõem a aliança federal relutam em abrir mão de suas candidaturas para as eleições municipais, como o PMDB, com Gabriel Chalita, e o PSB, cujo diretório estadual e seus parlamentares podem se aliar a Serra, independentemente da decisão do comando nacional.
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