O novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, disse nesta sexta-feira (2), que o setor de telecomunicações tem papel central na produção de empregos e no desenvolvimento da economia brasileira. Ao receber o cargo do ex-ministro Paulo Bernardo, o novo chefe da pasta fez um breve discurso, ressaltando que terá a missão de fazer com que a liberdade de expressão seja valor assimilado por cada cidadão.

CARREGANDO :)

Conheça a equipe de ministros para o segundo mandato da presidente Dilma

"A partir dessa premissa, teremos uma democracia mais consolidada, não só com o direito de votar, mas também com o direito de construir conjunto de ideias e transmiti-las livremente", afirmou. "Meu gabinete estará aberto para fazer essa discussão", completou, sem citar especificamente a chamada "atualização regulatória" das empresas de mídia, elencada por Bernardo no início da cerimônia como um dos principais itens na pauta do novo ministro.

Publicidade

Segundo Berzoini, a pasta buscará construir um amplo debate com a sociedade sobre as missões do ministério. "Queremos debater abertamente o futuro de algo que se transformou muito nos últimos anos, que são as comunicações no Brasil", concluiu.

Paulo Bernardo destaca avanços

O ex-ministro das Comunicações, Paulo Bernardo elencou a evolução dos serviços de telecomunicações no Brasil nos últimos quatro anos. Segundo Bernardo, o Brasil sempre esteve entre o terceiro e o quarto lugar no mercado mundial de telecomunicações e seu objetivo no ministério foi aumentar o acesso à banda larga e disseminar o uso das tecnologias de informação e comunicações, além de incentivar uso de tablets e smartphones.

Ele citou desonerações ao setor e relatou que o acesso à banda larga fixa cresceu 50% no País nos últimos quatro anos, para 23 milhões de conexões. Na banda larga móvel, o salto foi de 634%, passando de 18,9 milhões de usuários para 138,8 milhões. "Avançamos muito, mas ainda há muitos gargalos a serem enfrentados", completou.

Ao passar o cargo para Berzoini, Bernardo destacou ainda dois temas com os quais o novo ministro deve trabalhar já a partir deste ano, como a regulamentação do marco civil da internet e a chamada "atualização regulatória" das empresas de mídia.

Publicidade

Para 2015, o ex-ministro recordou que existe a obrigação das teles em levarem internet e telefonia móvel para as áreas rurais em um raio de até 30 km das sedes dos municípios e que, até 2017, o serviço de 4G estará disponível em todas as cidades com mais de 30 mil habitantes. "E a presidente Dilma Rousseff já anunciou o programa Banda Larga Para Todos, para universalizar acesso a internet no País", pontuou.

Bernardo lembrou que tanto ele como Berzoini foram funcionários do Banco do Brasil e recordou embates sindicais, quando o ex-ministro era do sindicato de base e o novo ministro ocupava cargo de chefia na instituição. "Temos trajetórias muito parecidas. Também fomos deputados federais e ministros nos governos Lula e Dilma", afirmou.