O reajuste salarial de 6,49% aos servidores estaduais foi sancionado pelo governador Beto Richa (PSDB) no fim da tarde desta quarta-feira (29). O anteprojeto demorou apenas três dias para ser aprovado. Ele foi encaminhado para a Assembleia Legislativa (Alep) na última segunda-feira (27) e foi aprovado em plenário, transformado em Comissão Mista, na terça-feira (28). A redação final teve parecer favorável na manhã desta quarta-feira (29), quando seguiu para aprovação do governador.
O projeto tramitava desde o início do mês na Alep. Os servidores pediam reajuste de 13%, pago em uma parcela. O primeiro projeto apresentado pelo governo previa que o reajuste dos servidores seria dividido em duas parcelas. Depois de rodadas de negociação, Richa retirou o projeto original e enviou uma mensagem à Alep prevendo o reajuste em apenas uma parcela, apesar de recomendação da Secretaria da Fazenda de que o valor deveria ser parcelado.Protestos
Mesmo com a aprovação do aumento, os servidores prometem continuar as reivindicações para elevar o porcentual. Heitor Rubens Raymundo, presidente do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, diz que os 17 sindicatos que integram o fórum vão se reunir na semana que vem para decidir como serão os próximos atos. "Reconhecemos o avanço na negociação por causa do pagamento em uma parcela, mas vamos continuar lutando pelo aumento de 13%", afirma.
Segundo Raymundo, o Fórum também luta por melhorias no atendimento em saúde, no plano de aposentadoria e no auxílio-transporte. A entidade ainda quer o enquadramento de funcionários registrados em uma função mas que recebem por outra. "São mais de 3 mil servidores nessa situação".
Reajuste
O porcentual aplicado ao salário e gratificações dos servidores será pago em parcela única a partir de junho, mas com efeito já sobre os vencimentos de maio. O pagamento será feito a 292 mil servidores ativos, inativos e pensionistas e vai impactar os cofres públicos em R$ 68,6 milhões mensais. A folha de pagamento atual é de R$ 1,07 bilhão. O aumento não se aplica a cargos de comissão e nem aos servidores da Polícia Civil.
Na terça-feira, o projeto do Governo do Paraná passou por três sessões (uma ordinária e duas extraordinárias). O plenário foi transformado em comissão geral para acelerar o trâmite. Mais cedo, ele foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Servidores lotaram as galerias do plenário para pedir que os deputados aprovassem cinco emendas que aumentariam os benefícios da categoria. Todas elas, porém, foram rejeitadas.
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