Em Brasília para acompanhar a votação da indicação de Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal (STF) e participar na quarta-feira da reunião de governadores, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), rebateu o ex-presidente Lula e chamou de “demagógico” o acordo firmado pelo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), com os professores mineiros. Richa diz não ter dúvidas de que os movimentos dos professores no Paraná e em São Paulo são políticos, para atingir as administrações tucanas e desviar o foco da crise no governo e do escândalo na Petrobras.
Em sua página no Facebook nesta segunda-feira (18), Lula disse que “educação se constrói com diálogo, não com violência”, numa crítica velada a Richa. O ex-presidente elogiou o acordo de Pimentel em Minas para começar a pagar o piso salarial profissional nacional.
Em nota, Lula elogia Minas Gerais e alfineta Beto Richa
“Enquanto em alguns Estados os governos não dialogam com os professores, o PT e os partidos aliados em Minas Gerais mostram que é possível avançar tanto na negociação democrática”, disse o ex-presidente
Leia a matéria completaEm resposta, Richa diz que já atendeu todas as reivindicações e que, em quatro anos, o piso pago aos professores do Paraná saltou de R$2.001,78 para R$3.194,71, um aumento real de 33%. O piso nacional é R$1.917,78. Em Minas, com o vale-transporte, o piso, segundo levantamento apresentado por Richa, subirá para R$ 2.061,68. “Se o Pimentel der 31% em quatro anos, quando ele atingir o meu piso de R$3.194,71 eu falo com ele e Lula. Não me venham com demagogia!”, rebateu Richa.
Alvo de manifestações que se alastram e hoje chegou a 10 mil pessoas em Curitiba, Richa diz que está pagando o preço da política, enquanto um milhão de alunos continuam sem aula. Ele disse que a Polícia Civil e o Ministério Público estão investigando abusos no dia do confronto que resultou em 200 pessoas feridas. As investigações incluiriam a convocação de grupos radicais e black blocs.
“Não tenho a menor dúvida que estão usando os professores do Paraná, de São Paulo e agora do Pará, para desviar o foco desse escândalo monstruoso de corrupção. Naquele dia, eles foram preparados para o confronto e, na verdade, queriam um cadáver. Fiz minha obrigação de proteger a instituição. Se houve excessos, estão sendo investigadas” disse Richa.
O que gerou a “fúria” no dia do confronto, segundo Richa, foi a ação do sindicato dos professores, que espalhou pelas redes sociais, informação de que os servidores perderiam suas aposentadorias com a votação do projeto que altera a previdência. “O sindicato, de forma maldosa, para incendiar o movimento, espalhou que o projeto iria acabar com as aposentadorias, o que é falso. O fundo de previdência do Paraná é o mais capitalizado e seguro do Brasil, com R$8 bilhões em caixa. Não há risco de ninguém ficar sem aposentadoria”, defendeu-se Richa.
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