O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse na noite desta segunda-feira (5), em entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, que não lutaria hoje para Curitiba ser sede da Copa do Mundo deste ano. Richa afirmou que esperava que os financiamentos fossem a fundo perdido, mas que os empréstimos têm juros maiores do que ele imaginava. "Não acho que as obras são supérfluas, mas não imaginava que os gastos fossem tão grandes".
A entrevista pode ser assistida abaixo, em vídeo publicado no canal oficial emissora no Youtube.
Sobre a Copa do Mundo em Curitiba, daqui a pouco mais de um mês, o governador disse estar tranquilo com relação à segurança e a possíveis manifestações. "Estou tranquilo com relação à segurança. A Polícia Militar do Paraná foi exemplo de contenção nos casos em que as manifestações saíram do controle e tiveram a ação de baderneiros", disse.
Durante a entrevista, Richa voltou a reclamar da demora na liberação de empréstimos por parte do governo federal. "Temos o menor apoio do governo federal na história. Sofremos mais discriminação do que na época da ditadura", reclamou.O tucano fez críticas ao governo federal e ao ex-governador Roberto Requião (PMDB), alegando que a crise financeira enfrentada pelo Paraná é resultado de erros da gestão passada e do mau relacionamento com o Planalto.
"É um conjunto de fatores. Quando fui prefeito de Curitiba, tivemos ótimos índices de aprovação, mas entramos no governo do estado e vimos uma situação deplorável, com muitas dívidas. Além disso, enfrentei, durante o mandato, uma ministra da Casa Civil que é inimiga política", afirmou.
Para ele, o posicionamento da ex-ministra Gleisi Hoffmann, pré-candidata ao governo pelo PT, é o que atrasa a liberação de empréstimos e financiamentos. Mesmo com as reclamações, Richa aproveitou brechas nas perguntas para citar números e estatísticas do mandato, procurando uma imagem positiva.Eleições
A disputa eleitoral de outubro tomou bastante tempo da entrevista. O governador preferiu não definir sua candidatura e disse ainda que apenas depois da convenção partidária poderá dizer se concorre à reeleição. Por outro lado, questionado sobre uma possível disputa com Gleisi, Richa afirmou que "não há o que temer". O governador afirmou ainda, que o PMDB é aliado no projeto de reeleição e que a possibilidade de candidatura própria é fraca.
Ele falou sobre os pré-candidatos a presidência e disse que vê com simpatia tanto Eduardo Campos (PSB) quanto Aécio Neves (PSDB), até porque, no estado, o PSB é apoiador de Richa. No entanto, ele afirmou que não tem dúvida que fará palanque para Aécio e adiantou que não há possibilidade de dividir o palanque. "Os dois tem qualidades, mas já está definido com o partido", diz.
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