O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), foi vaiado e precisou interromper o discurso por cerca de um minuto ontem na abertura dos trabalhos do segundo semestre na Câmara de Vereadores. Os manifestantes pediram a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia de caixa 2 na campanha a reeleição de Beto, levantada no último mês com a divulgação de um vídeo, que mostra 24 dissidentes do PRTB supostamente recebendo dinheiro para apoiar Richa. O grupo formado por sindicalistas e integrantes de movimentos sociais de moradias populares tomou a parte superior do plenário da Câmara durante o protesto.
Os manifestantes exibiram um quadro com o nome dos vereadores que não assinaram o pedido de CPI. Até agora, somente seis vereadores concordam com o pedido de abertura da comissão. São necessárias 13 assinaturas para que a comissão seja aberta.
O presidente da Câmara, João Cláudio Derosso, afirmou que o protesto foi armado com fins políticos. "Tudo pau-mandado. Tentaram desqualificar a imagem do prefeito", reagiu. O líder da oposição, Jhony Stica (PT), garante que a bancada não teve qualquer relação com a manifestação.
O vereador Pedro Paulo (PT) informou que a bancada de oposição na Câmara vai tentar investigar as denúncias de crimes ambientais apuradas pela sindicância da prefeitura e divulgadas pela Gazeta do Povo, envolvendo a construtora Piemonte. Ele disse acreditar que seja possível levantar informações dentro das comissões temáticas da Casa.
Multa
Na semana passada, a Gazeta mostrou que a prefeitura multou a construtora Piemonte em cerca de R$ 650 mil por desmatar áreas para lotear e construir um loteamento sem alvará. Há indícios de que a Piemonte teria aterrado um rio para erguer um empreendimento popular no bairro do Campo de Santana, no Sul da cidade.
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