O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), segue hoje em viagem para Seul (Coréia do Sul), depois vai a Paris (França), Chicago e São Francisco (EUA). É a segunda viagem em menos de um mês. Entre 11 e 23 de maio, ele esteve em Nova Iorque (EUA) convidado para palestrar em um eventos sobre meio ambiente, e também foi para Valência (Espanha) assinar protocolo de intenções para a realização da prova automobilística de turismo da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A viagem durou uma semana.
Hoje o prefeito de Curitiba embarca para Seul, onde participa da Comissão do Instituto Metrópoles para falar sobre transporte público. Segundo a Câmara Municipal, que autorizou a ausência do prefeito do município, na França e nos EUA ele visitará exposições sobre biodiversidade. Serão mais dez dias viajando.
De acordo com a prefeitura, são os retornos para o município que levaram o prefeito a ficar quase 20 dias fora da cidade em períodos seguidos. Em todas as viagens, Beto Richa foi acompanhado da esposa, Fernanda Richa, que é presidente da Fundação de Ação Social. Hoje, também o acompanha Clodoaldo Pinheiro, diretor de negócios da Urbs, o secretário de Relações Internacionais, Eduardo Guimarães, e o chefe de Gabinete, Ezequias Moreira.
A assessoria da prefeitura informou que as viagens não tiveram custo para o município, pelo menos para o prefeito e a esposa, uma vez que Richa foi convidado e teve as despesas custeadas pelos órgãos responsáveis pelas palestras. Os assessores de Beto Richa explicaram ainda que na viagem que começa hoje, o prefeito não vai a Paris, como divulgou a Câmara Municipal. E que a ida a São Francisco é uma escala obrigatória do vôo.
Já a estada em Chigaco devem sair dos cofres municipais. Na cidade norte-americana, o prefeito vai visitar o museu de Biodiversidade, com a intenção de construir um semelhante em Curitiba. As despesas do secretário de Relações Internacionais também devem ser pagos pelo Executivo municipal.
Segundo a prefeitura, as ausências do prefeito de Curitiba são muito vantajosas. A assessoria de Richa explicou que são eventos de visibilidade internacional, que atraem investimentos para o município, dão prestígio e facilitam futuras negociações de financiamentos internacionais. Em Seul, por exemplo, representantes do Banco Mundial estarão presentes à palestra. Na Coréia do Sul, o prefeito aproveita para visitar a direção da Samsung e tentar atrair a empresa, que pretende instalar uma sede no Brasil, para a capital paranaense.
Custos
Viagens como essas, se fossem ser pagas, custariam aos cofres públicos em média R$ 27 mil por pessoa. O primeiro itinerário (Nova Iorque e Valência), segundo empresas de turismo consultadas, custa em um pacote básico, com passagens e hospedagens em hotéis de médio porte, R$ 6 mil, para seis dias.
Já a viagem que começou hoje (Seul, Paris, São Francisco e Chicago), custaria, nas mesmas condições, R$ 21 mil para cada um, em dez dias de viagem. Somente de passagens, R$ 17,4 mil.
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