O secretário de Administração de Curitiba, José Richa Filho, é peça-chave da confusão entre Roberto Requião e Beto Richa. O governador acusa o irmão do prefeito de ter feito um pagamento irregular pelos serviços prestados na duplicação da Curitiba-Garuva, em 30 de dezembro de 2002. Richa Filho nega que tenha havido irregularidade.
Qual é o seu posicionamento sobre essa denúncia do governo?
Para começar, não cabia a mim pagar. Um diretor não tem autonomia para assumir uma despesa dessas. Há todo um trâmite burocrático. O governador tem a certeza de que não há irregularidade. Se ele tem alguma dúvida disso, pode perguntar para o chefe da Casa Civil (Rafael Iatauro), porque quando foi feita a consulta ao Tribunal de Contas se era devido ou não o pagamento, o presidente do TC era o Iatauro. Não é possível que um processo feito com toda uma lisura seja questionado. Passou pelo Ministério Público, por uma perícia feita pela Justiça. E a dívida foi contraída no governo dele...
Mas o governo diz que a obra já havia sido paga...
A obra foi feita. Mas no ano 2000, numa época em que eu não estava no DER, a empresa entrou com uma ação contra o governo alegando que fez algumas obras além das que estavam previstas. E a Justiça deu ganho de causa à empresa. Depois houve consultas ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, que foram favoráveis ao pagamento. O que cabia ao DER? Pedimos o parecer, levamos ao nosso conselho diretor, que analisou toda a documentação e votou favorável ao que já diziam os instrumentos de controles externos. Foi para o governador (Lerner), que aprovou o pagamento. Foi um procedimento corriqueiro. O governador (Requião) sabe que funciona assim. Mas, para ele, se transformou numa questão política, de tentar antecipar as eleições municipais.
O senhor assinou mesmo a ordem de pagamento?
É uma formalidade. Eu não tinha autonomia para autorizar a despesa. Minha autonomia era autorizar despesas de até R$ 50 mil. Uma vez autorizada, a homologação era uma mera formalidade.
Como se explica o fato de o pagamento ocorrer dois dias antes do fim do governo Lerner?
Foi uma infelicidade. Como é que você ia prever quanto o processo ia demorar? Foi algo que passou por uma série de análises, era um processo grande. Ninguém é louco hoje em dia de colocar a sua assinatura numa coisa que não tenha certeza de que é legal.
José Richa Filho, secretário de Administração de Curitiba
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