Os vereadores de Curitiba tomaram posse oficialmente ontem, mas a mudança de legislatura não significa grandes alterações dentro da Câmara Municipal. Assim como nos quatro anos anteriores, o prefeito Beto Richa (PSDB) vai governar quase sem oposição. Contará com o apoio de, ao menos, 29 dos 38 vereadores do município. Mesmo com a redução do PT dentro da Câmara, a oposição continuará com cinco representantes. Agora, serão dois vereadores do PMDB e três do PT.
Para tentar ampliar a bancada, a oposição ao prefeito tentará conquistar os autodeclarados "independentes". Formado pelos vereadores do PSC e do PV, eles somam quatro representantes e prometem apoiar Richa sempre que considerarem a proposta boa para a cidade. "A nossa ideia é compor um bloco com o PMDB, PSC e PV, que são os partidos que apresentaram uma plataforma de oposição a Richa durante a campanha eleitoral", disse o vereador Pedro Paulo, novo líder do PT na Câmara Municipal.
O trabalho da oposição para conquistar os independentes parece que não será fácil. Dentro do PV, apenas o Professor Galdino parece pender para a oposição. Ele lançou sua candidatura à presidência da Câmara a eleição será realizada hoje e não ficou para assistir à posse do prefeito Beto Richa e do vice Luciano Ducci ontem.
Os outros dois representantes do PV, Aladim Luciano e Roberto Accioli, não dão sinais de que podem mudar para oposição. "Nós éramos independentes na legislatura passada e vamos continuar independentes agora", comentou Aladin. "O que for bom para o povo curitibano é bom para mim. Vou apoiar a prefeitura sempre que a proposta for boa para a cidade", declarou Accioli. O vereador Júlio César Sobota, O Juilão da Caveira (PSC), segue a mesma ideia.
Mesmo dentro do grupo de oposição é possível encontrar o mesmo discurso levantado pelos membros do PV e do PSC. A vereadora Noemia Rocha (PMDB), não se coloca como independente, mas avisa que não fará "oposição por oposição". "Já conversei com o partido e estamos entrando num entendimento sobre a minha posição dentro da Câmara Municipal. Quero ser uma oposição consciente, que trabalha pelo povo de Curitiba. E, se para isso precisar apoiar um projeto do prefeito, vou apoiar", disse.
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