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McCarthy: autor de "A Estrada" vendeu a máquina de escrever que comprou em 1963 por 50 dólares. | Divulgação
McCarthy: autor de "A Estrada" vendeu a máquina de escrever que comprou em 1963 por 50 dólares.| Foto: Divulgação

Disputa interna

PMDB e PT passarão por prévias

O PMDB e o PT podem ter que recorrer a eleições internas para escolher seus candidatos a prefeito, situação que não deve ocorrer nos outros partidos, onde há consenso em torno dos nomes. Por esse motivo, a pesquisa fez simulações diferentes incluindo os pré-candidatos de cada legenda.

A escolha no PMDB não será tarefa fácil, ainda mais porque o nome da preferência do governador, o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Augusto Moreira Júnior, apresenta o pior desempenho entre os pré-candidatos, com menos de 1%. Em compensação, Moreira é o que tem menor taxa de rejeição entre os concorrentes, em torno de 6%. Já Rafael Greca tem a melhor colocação entre os peemedebistas. No entanto, carrega a rejeição mais alta entre todos os nomes citados.O PT dificilmente vai abrir mão de Gleisi Hoffmann, mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. (KC)

Rafael Greca tem a maior rejeição

O ex-prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMDB) é o campeão de rejeição entre os pré-candidatos à prefeitura de Curitiba. Segundo o levantamento Gazeta do Povo/Paraná Pesquisas, 35,12% dos entrevistados não votariam nele de jeito nenhum. Encostados no peemedebista, aparecem o deputado estadual Carlos Simões (PR) e o deputado federal Ratinho Júnior (PSC).

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O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), seria reeleito com folga para mais quatro anos de mandato se as eleições municipais fossem hoje. Apesar de apontado como favorito para a disputa de 2008, o prefeito deve ter pelo menos dois concorrentes fortes brigando para chegar a um segundo turno na eleição: Rubens Bueno (PPS) e Gleisi Hoffmann (PT). É o que revela uma pesquisa de intenção de voto realizada com exclusividade pela Gazeta do Povo/Paraná Pesquisas.

Faltando pouco mais de um ano para a disputa, Richa aparece com vantagem sobre sete pré-candidatos em todos os cenários da pesquisa, tanto na espontânea quanto na estimulada.

Na espontânea, em que o eleitor responde em quem votaria sem receber uma lista com os nomes dos candidatos, os que ainda não sabe em quem votar representam 62,14% dos curitibanos. Mesmo com a indefinição da maioria dos entrevistados, o prefeito lidera com 27, 90%, enquanto os demais não atingem nem um ponto porcentual. Nos quatro cenários da estimulada, em que o eleitor recebe uma lista de nomes para escolher, Beto Richa mantém uma média de 50% dos votos, acima da soma de todos os concorrentes.

A liderança na pesquisa está diretamente ligada ao grau de satisfação dos moradores de Curitiba com a atual administração, que tem uma aprovação de 77,90 %. O baixo índice de rejeição do prefeito, depois de dois anos e meio de mandato, também contribui para o resultado. Richa ocupa o sexto lugar entre os pré-candidatos no quesito rejeição, com 11,93%.

Apesar de aparecer em uma situação confortável para a disputa de 2008, a pesquisa indica que Beto Richa terá de enfrentar dois concorrentes com grande potencial eleitoral. Rubens Bueno aparece em segundo lugar em todas as simulações da pesquisa estimulada com uma média de 10% dos votos, seguido por Gleisi Hoffmann, com 8% em média. Além das intenções de voto, ambos apresentam outro desempenho positivo que pode ajudar no crescimento de suas candidaturas: a baixa rejeição, de no máximo, 11%.

Richa, Bueno e Gleisi mantêm as mesmas posições nas três primeiras simulações com diferentes pré-candidatos do PMDB – Rafael Greca, Carlos Augusto Moreira Júnior e Reinhold Stephanes Júnior.

No último cenário, a petista é substituída pelo deputado estadual Tadeu Veneri, outro pré-candidato do PT. Com a troca, o PT cai da terceira para a última posição. Neste mesmo quadro estimulado, a candidata do PMDB é Clair da Flora Martins, que só está à frente de Tadeu Veneri.

Uma das surpresas da pesquisa é que o bom desempenho de Gleisi Hoffmann na eleição para o Senado, com 2,3 milhões de votos, não garantiu à petista um segundo lugar. "A vantagem de Richa sobre os demais era esperada, mas o que surpreende é a Gleisi em terceiro, apesar da votação para o Senado e da rejeição baixíssima. Isso significa que uma eleição não tem nada a ver com outra", diz o diretor da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.

A posição de Rubens Bueno indica que o presidente estadual do PPS mantém um eleitorado fiel na capital. Em 2004, ele disputou a prefeitura de Curitiba e fez 188,3 mil votos, cerca de 19% dos votos no primeiro turno, 9% a mais do que o obtido agora na pesquisa estimulada. "O porcentual mostra que o Rubens pode ser considerado uma peça-chave na eleição, fundamental para provocar um segundo turno ou mesmo para disputá-lo", prevê o diretor da Paraná Pesquisas.

Na análise dos números, é possível observar algumas curiosidades, principalmente na pesquisa espontânea. A maioria dos nomes – 6 dos 10 – citados pelo eleitor nem cogita a possibilidade de disputar a prefeitura de Curitiba no próximo ano. É o caso do deputado federal Ângelo Vanhoni (PT) e do deputado estadual Mauro Moraes (PMDB), que perderam a última eleição para Richa. O ex-governador Jaime Lerner (PSB) e o ex-prefeito de Curitiba Cássio Taniguchi (DEM) também foram lembrados.

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