Ezequias, do caso da sogra fantasma da Assembleia| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O governador Beto Richa (PSDB) negou ontem que pretenda nomear Ezequias Moreira para uma cadeira ligada ao seu gabinete. Contrariando as conversas de bastidores do Palácio Iguaçu, o tucano disse jamais avaliou essa hipótese. Ele afirmou ainda que deve anunciar no máximo até o início da semana que vem a reforma do secretariado.

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Ex-chefe de gabinete de Richa na Assembleia Le­­gislativa e na prefeitura de Curitiba, Ezequias responde a processos nas esferas penal e cível pelo fato de sua sogra, Verônica Durau, ter recebido salários do Legislativo estadual sem trabalhar ao longo de 11 anos. Segundo o Ministério Público Estadual (MP), ele usou a sogra para se apropriar de R$ 539,4 mil por meio do desvio dos salários, entre 1996 e 2007.

Mesmo com as pendências na Justiça, aliados de Richa afirmavam que ele trabalhava com a possibilidade de incluir Ezequias na dança de cadeiras do secretariado. Ontem, porém, o governador rebateu afirmações nesse sentido. "Nunca foi ventilado isso. Não está sendo avaliada essa possibilidade", declarou. Com isso, Ezequias deve permanecer no cargo de diretor de Relações com Investidores da Sanepar, para o qual foi nomeado pelo próprio Richa no início de 2011.

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Sobre a reforma do secretariado, o governador não quis adiantar nomes, mas afirmou que fará "boas escolhas". "Estou satisfeito com os números do estado, mas quero mais ainda, [quero] uma sintonia mais fina em algumas secretarias", disse.

Entre os nomes especulados para entrar no primeiro escalão do governo neste ano, estão o dos deputados federais Ratinho Jr. (PSC) e Reinhold Stephanes (PSD). O PMDB, que trocou de mãos e deixou de ser presidido pelo senador Roberto Requião, agora também deverá ter mais espaço na gestão de Beto Richa.