O governador Beto Richa (PSDB) enviou ontem à Assembleia Legislativa dois projetos de lei pedindo autorização para contratar um empréstimo de US$ 8,5 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e outro de R$ 157,7 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Outra mensagem prevê a criação da Secretaria de Estado de Esporte.
O primeiro empréstimo, de US$ 8,5 milhões, será usado na execução do Programa de Gestão Fiscal (Profisco), atendendo, segundo o governo, exigências do Ministério da Fazenda. O outro, com o BNDES, será investido em segurança pública e na modernização da máquina administrativa.
Com as autorizações pedidas agora, chega a seis o número de empréstimos que o governo estadual tenta obter com o setor privado, num total de R$ 1,7 bilhão. O principal deles, de US$ 350 milhões com o Banco Mundial (Bird), será aplicado no Projeto Multissetorial para o Desenvolvimento do Paraná, que fará investimentos em diversos setores como saúde, educação, agropecuária e prevenção a desastres naturais.
Também estão sendo negociados um empréstimo de US$ 300 milhões com o BID; um de R$ 300 milhões com o BNDES, para a construção do metrô de Curitiba; e outro de R$ 123 milhões também com o BNDES, que será repassado ao Clube Atlético Paranaense, por meio da Agência de Fomento, para a conclusão das obras da Arena da Baixada, estádio que receberá jogos da Copa do Mundo de 2014.
"Serão empréstimos guarda-chuva que vão alimentar os programas de investimento do estado nos próximos três anos, com possibilidade de ampliação de novos valores a partir da melhora do desempenho da capacidade de endividamento do Paraná", disse recentemente à Gazeta do Povo o secretário estadual da Fazenda, Luiz Carlos Hauly.
Já a última proposta prevê a criação oficial da Secretaria de Esporte. Atualmente, a pasta funciona em caráter especial sob o comando do secretário Evandro Rogério Roman e é vinculada à Secretaria da Educação. A intenção do governo com a mudança é que o órgão seja permanente e tenha orçamento próprio e equipe melhor estruturada.
"Essa é uma meta do nosso governo, que se tornou mais urgente, entre outros motivos, para atender as demandas geradas por importantes eventos esportivos previstos para os próximos anos, como a Copa do Mundo", justificou o líder do governo, Ademar Traiano (PSDB).
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