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Richa, Arns e Fruet (da esq. para a dir.): anúncio do vice e do segundo candidato ao Senado acompanhou críticas a Osmar Dias | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Richa, Arns e Fruet (da esq. para a dir.): anúncio do vice e do segundo candidato ao Senado acompanhou críticas a Osmar Dias| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

O anúncio de que Osmar Dias (PDT) sairia como candidato ao governo do estado, feito na noite de terça-feira, às vésperas do prazo permitido pela lei para definir o cenário eleitoral, forçou o PSDB de Beto Richa a compor de última hora sua chapa para a disputa no Paraná. A solução encontrada foi caseira: o posto de vice e a segunda vaga ao Senado, que estavam destinados originalmente ao PDT, caso a coligação fosse fechada, foram dados a integrantes do próprio PSDB.

O senador Flávio Arns, que deixou o PT no ano passado para voltar ao PSDB, será o candidato a vice. E o deputado federal Gustavo Fruet será candidato ao Senado. O deputado federal Ricardo Barros (PP) foi mantido como o outro candidato a senador da chapa. Os nomes foram anunciados no escritório político de Richa, no bairro Batel, em Curitiba, no início da noite, depois de um dia intenso de negociações.

Richa disse que, apesar da pressa, a chapa foi bem formada. "Já prevíamos que alguma coisa podia acontecer", afirmou, se referindo à decisão de Osmar de não compor com o PSDB. Richa criticou o novo adversário indiretamente. Afirmou que as pessoas que ficaram com ele "são as que não dormem aqui e acordam ali. São coerentes".

O ex-prefeito de Curitiba ainda contou que, quando se desincompatibilizou tinha um convite de Osmar Dias para ser o cabeça de chapa numa aliança em que o pedetista seria candidato a senador. "Mas não cabe a mim especular sobre as razões que levaram a essa mudança de postura."

Em mais uma indireta a Osmar, Richa disse ser "um político previsível". "As pessoas não se assustam comigo. Quem me acompanha sabe como eu me comportarei em cada situação", falou o tucano, que deixou a prefeitura de Curitiba no meio do segundo mandato para disputar o governo.

Sobre as coligações, o candidato argumentou que a chapa permite ter um bom tempo de televisão para veicular suas ideias. "Quem acredita que vai ganhar uma eleição sozinho está fadado do fracasso", afirmou.

Fruet, que havia criticado o partido por fechar com o PP de Ricardo Barros antes de definir um nome próprio para o Senado, garantiu ontem que a situação foi resolvida. "Sempre disse que a coligação com o PDT não estava definida." Fruet disse que sempre teve a disposição de se candidatar ao Senado e que "aceita a convocação" para integrar a chapa.

Na coletiva em que seu nome foi anunciado como vice, Flavio Arns disse que sua candidatura pode levar muitos militantes do PT a votar na chapa de Richa. Arns deixou o PT no ano passado quando o partido se posicionou contra a investigação de atos suspeitos de José Sarney (PMDB-AP) no Senado.

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