A cerimônia de posse do prefeito Rafael Greca deixou ainda mais evidente que a relação entre o governo do estado e o município de Curitiba será mais amistosa que nos últimos quatro anos. Em seu discurso, o governador Beto Richa, que estava acompanhado da primeira-dama Fernanda Richa, garantiu a reintegração do transporte coletivo da capital com os municípios da Região Metropolitana.
O rompimento e o corte do subsídio de R$ 64 milhões por ano para o transporte coletivo ocorreram durante o mandato do prefeito Gustavo Fruet (PDT), que durante toda sua gestão teve desentendimentos com o governador.
Além disso, Richa anunciou o repasse de R$ 60 milhões ao município ainda no mês de janeiro. O valor é referente à cota que o município tem direito sobre uma arrecadação extraordinária de ICMS de empresas que integram o programa Paraná Competitivo. Segundo o governador, este repasse – ainda que obrigatório – é fundamental para recuperar a capacidade de pagamento da prefeitura.
Crise
O governador afirmou que Greca vai enfrentar o maior desafio de sua vida pública ao assumir a cidade neste momento de crise econômica e instabilidade política.
“Rafael Greca terá um instigante desafio de reerguer Curitiba nesta conjuntura adversa, de crise econômica, mas sabemos de sua qualificação para retomar o destino da cidade inovadora, referência na solução de problemas urbanos”, afirmou.
De volta à prefeitura
A cerimônia selou a retomada da prefeitura de Curitiba por parte do grupo do governador. Além do chefe do Executivo estadual, também estavam presentes a vice-governadora Cida Borghetti, seu marido e ministro da Saúde, Ricardo Barros e outras lideranças alinhadas ao governo do Paraná.
Elogiando o trabalho realizado por Fernanda Richa à frente da Fundação de Ação Social, Rafael Greca comprometeu-se a melhorar as ações da área social na cidade. Ele prometeu especial atenção aos catadores de materiais recicláveis e a reabertura do restaurante que funcionava embaixo do Viaduto do Capanema e servia refeições a R$ 1.
Além disso, Greca prometeu também a retomada das obras no município em parceria com o governo federal.
“Vamos retomar os projetos habitacionais engavetados na Caixa Econômica, assim como a cadeia produtiva do lixo na CIC, onde barracões estão abandonados”, disse.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião