| Foto: Sossella

Brasília – Recém-chegado de uma viagem de 13 dias pela China e pelos Estados Unidos, o prefeito de Curitiba, Beto Richa, fez uma breve parada em Curitiba e embarcou anteontem para a convenção nacional do PSDB. Ele comentou a neutralidade dos tucanos paranaenses em relação à disputa interna entre os governadores Aécio Neves, de Minas Gerais, e José Serra, de São Paulo, e tentou minimizar o conflito. Sobre temas locais, disse que tentará marcar na semana que vem uma reunião com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, para defender Curitiba como subsede do Mundial de 2014.

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O Paraná tem o terceiro maior diretório estadual do PSDB. Uma hora ou outra, os tucanos paranaenses vão ter de tomar partido quanto a José Serra ou Aécio Neves. O senhor concorda com isso ou é melhor permanecer neutro?Concordo. Mas eu imagino que vai haver um consenso para convergir em um nome. O importante é isso: ter mais de um nome presidenciável. Essa é a vantagem do PSDB. Temos, na verdade, um bom problema. No momento oportuno, haverá o discernimento para a escolha.

Pessoalmente, qual dos dois agrada mais?Honestamente, não sei. Tenho amizade pessoal com ambos. Eles têm trajetórias políticas invejáveis, como governadores dos mais importantes estados do país.

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O congresso do PSDB começou no mesmo dia em que foram encaminhadas as denúncias de envolvimento do partido no "valerioduto mineiro". Isso atrapalha eticamente o partido?Acho que algum desgaste acaba acontecendo. Mas acredito na honestidade do senador Eduardo Azeredo (principal suspeito no escândalo).

Sua esposa, Fernanda Richa, concedeu recentemente uma entrevista à Gazeta do Povo e deixou escapar que o senhor já é candidato à reeleição. Está decidido?Isso foi um ato falho, de empolgação. Não só ela, mas muitos companheiros querem que eu assuma a candidatura à reeleição.

Como o senhor pretende agir para defender Curitiba como subsede da Copa de 2014?Estamos procurando o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Para a cidade é muito importante. A cidade tem capacidade e não vejo motivo algum para não estarmos entre as 12 cidades escolhidas. Mas é evidente que temos de exercer pressão política.

O senhor nunca chegou a comentar publicamente o caso Ezequias (ex-chefe de gabinete de Beto, afastado por ter a sogra como funcionária fantasma da Assembléia Legislativa). Passado o turbilhão, qual é a sua conclusão sobre isso?Ele está sendo investigado, vai apresentar sua defesa e tem condições de se defender. Ele já é maior de idade e pode se defender.

Se ele for inocente, volta à chefia de gabinete?Não pensei nisso ainda.

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