Na semana em que a Polícia Federal realizou no Rio a Operação Hurricane (furacão, em inglês), a maior de combate à corrupção já feita no país, na qual foram presas 25 pessoas, entre desembargadores, juízes, delegados federais e parte da cúpula da contravenção do estado, o governo federal liberou recursos para implantar no Rio a primeira supercentral brasileira de combate ao crime organizado. Idealizada nos moldes do Federal Bureau of Investigation (FBI) americano, a central será formada por representantes da PF, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). Na prática, é a formalização da força-tarefa de combate ao crime que sempre foi reivindicada pelo governo do estado.
Edital para licitações prevê obras orçadas em R$ 9 milhões
A supercentral será batizada de Centro Integrado e Compartilhado de Combate ao Crime Organizado (Cicor), e vai funcionar em instalações que serão especialmente construídas na Superintendência da PF no Rio, na Praça Mauá. Um prédio será erguido para abrigar o Cicor. O anúncio foi feito ao GLOBO pelo delegado Delci Teixeira, superintendente da PF no Rio, que está completando um ano no cargo e pilota o projeto. Ele informou que, na próxima semana, será lançado um edital de licitação para o início das obras, orçadas em cerca de R$9 milhões. A supercentral terá ainda as participações de agentes escolhidos das polícias Civil e Militar do Rio; e da Polícia Rodoviária Federal. A principal meta do Cicor é reprimir o tráfico, o contrabando de armas e munição e a corrupção, sobretudo a que envolve policiais.
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