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No recurso ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a condenação do julgamento do mensalão, a defesa do presidente do PTB, Roberto Jefferson, pede que Joaquim Barbosa não seja mais o relator do processo.

Essa estratégia também foi utilizada pela defesa do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), apontado como o chefe da quadrilha que organizou o esquema de desvio de recursos público para a compra de apoio político no Congresso no início do governo Lula. A reportagem apurou que são poucas as chances dessa tese prosperar na corte.

Segundo o advogado de Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, por ter assumido a presidência do STF, Barbosa não pode mais ser o relator. Ele avalia que esse posto deve ser repassado ao ministro que substituir Carlos Ayres Britto, que se aposentou em novembro de 2012, na reta final do julgamento. A presidente Dilma Rousseff ainda não indicou o substituto. Corrêa Barbosa enviou o recurso contra a condenação por fax ao Supremo. O material ainda não foi divulgado pelo tribunal. O advogado deve conversar na tarde desta quinta-feira (2) com os ministros.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Jefferson revelou o esquema de pagamento de propina de aliados do governo Lula. Ele foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A pena total ficou em 7 anos e 14 dias, além de multa de R$ 720,8 mil, em valores que ainda serão corrigidos pela inflação desde 2003.

Hoje é o último dia para apresentação de recursos das defesas contra as condenações. Dos 37 réus, 25 foram condenados. Além de Jefferson e Dirceu, já recorreram as defesas do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), de Marcos Valério, Simone Vasconcelos, Cristiano Paz e Rogério Tolentino. Os advogados apontam omissões e contradições nos votos dos ministros e pedem a redução de pena. Costa Neto, no entanto, pede para ser absolvido.

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