Condenado no processo do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) deixou a prisão por volta das 11h deste sábado (16) para cumprir o restante da pena em casa.
Jefferson saiu sorridente acompanhado dos advogados, da companheira Ana Lúcia e da filha Cristiane Brasil, que é deputada e presidente nacional do PTB.
Questionado por jornalistas se sabia sobre as denúncias de desvios de recursos na Petrobras, reveladas na Operação Lava Jato, ele sorriu e disse que não podia responder.
“Se eu disser isso, o Barroso me prende, meu irmão, eu não posso falar”, disse Jefferson, se referindo ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que concedeu a progressão de regime aberto. “Está aqui, mas eu não posso falar”, disse Jefferson .
Segundo os advogados, o ex-deputado segue diretamente para o apartamento na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, onde vai viver com a companheira.
Jefferson tem casamento marcado para o dia 29 deste mês.
Perguntado sobre a primeira coisa que vai fazer em liberdade, Jefferson gargalhou: “Eu vou namorar muito”, disse o ex-deputado, que não fez comentários sobre política alegando estar limitado pela Justiça.
Até ser preso, Jefferson morava em uma casa em Levy Gasparian, interior do Estado do Rio. Ele vai morar agora na Barra para ficar perto do trabalho, no Centro, e dos médicos.
Jefferson passou por cirurgia em 2012 para retirar tumor no pâncreas. Ele perdeu 20 quilos em dois anos e ainda tem restrições alimentares por causa do tratamento.
Na quinta (14), Jefferson foi autorizado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, a cumprir pena em regime aberto.
Preso em fevereiro de 2014, ele cumpria pena em regime semiaberto, no qual podia sair do presídio para trabalhar.
Com a progressão de regime, Jefferson poderá passar noites em casa e não precisará usar tornozeleira eletrônica. O regime impõe certas restrições, como ir a bares.
Segundo a família, o apartamento na Barra da Tijuca fica a quatro quadras da praia e tem “cento e tantos” metros quadrados.
Jefferson foi condenado a 7 anos e 14 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Passou um ano e três meses preso no Instituto Penal Francisco Spargoli, em Niterói.
Na decisão pelo regime aberto, o STF considerou que o ex-deputado já cumpriu um sexto da pena. A decisão ocorreu após o aval do Ministério Público para o pedido dos advogados.
No ano passado, um pedido da defesa para o regime aberto havia sido negado. Naquela ocasião, a defesa alegava que o presídio atrapalhava seu tratamento de saúde.
Após seis mandatos pelo Rio de Janeiro, Jefferson planeja mudar seu domicílio eleitoral para se candidatar a uma vaga na Câmara por São Paulo. A ideia é voltar ao Congresso em 2018.
Pela Lei da Ficha Limpa, Jefferson só poderia concorrer em 2022. Ele quer antecipar a volta com um pedido de indulto no fim do ano, como fez José Genoíno (PT-SP).
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