O deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) decidiu também recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para tentar salvar seu mandato. O Conselho de Ética aprovou, por 12 a 2, na semana passada, a recomendação da cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar.
Queiroz foi beneficiado pelo esquema do empresário Marcos Valério Fernandes, cujas empresas repassaram dinheiro para campanhas eleitorais do PTB em Minas. Na CCJ, o deputado mineiro apresentou também os mesmos argumentos de Dirceu. Ele alega que seu processo só pode ser enviado à Mesa para ser apreciado no plenário após a CCJ examinar seu recurso.
O parlamentar do PTB alegou ainda que o PL, autor da representação contra ele no Conselho de Ética, pediu a extinção do processo. O PTB também havia pedido o arquivamento da ação contra Dirceu, mas tanto o Conselho quanto a CCJ entenderam que não podem anular um processo que já está em andamento. O relator do recurso de Queiroz na CCJ será o deputado Paulo Afonso (PMDB-SC). O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), até marcou para o dia 7 de dezembro a votação da cassação de Queiroz no plenário.
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