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Tesla Roadster 100 é vendido por US$ 98 mil nos EUA | Divulgação/ Tesla Motors
Tesla Roadster 100 é vendido por US$ 98 mil nos EUA| Foto: Divulgação/ Tesla Motors

Após ser alvejado por denúncias de envolvimento no desvio de recursos públicos, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, pediu nesta terça-feira (22) afastamento de seu cargo. Rondeau é acusado de ter recebido R$ 100 mil da construtora Gautama, pivô de um novo esquema de corrupção em licitações públicas.

A saída de Rondeau foi confirmada pelo próprio Rondeau, por meio de nota à imprensa, após um dia de reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e com os ministros da Justiça, Tarso Genro, e da Casa Civil, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.

"Cada segundo que dediquei com afinco ao exercício de minhas funções foi pautado por valores éticos, morais e cristãos. Nunca, em momento algum, jamais pratiquei qualquer ato que não fosse orientado pelos princípios essenciais que sempre nortearam a minha vida, com absoluta honestidade e compostura", disse Rondeau, na nota à imprensa. Reafirmou ainda sua "completa e absoluta inocência" em relação às denúncias.

A Polícia Federal, que investiga o caso, prendeu na última quinta-feira (17) 46 pessoas na chamada "Operação Navalha". Entretanto, 21 delas já foram soltas. Entre os investigados, também estão o ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares, e o presidente do Banco de Brasília (BRB), Roberto Figueiredo Guimarães.

Nesta segunda-feira (21), Tarso Genro, que comanda as ações da Polícia Federal, já havia confirmado que houve a entrega de R$ 100 mil por parte de um funcionário da empresa Gautama no Ministério de Minas e Energia. Na ocasião, porém, acrescentou, que não havia "nenhuma prova física" da entrega deste valor ao ministro titular da pasta, Silas Rondeau. Ivo Almeida Costa, assessor especial de Rondeau, teria recebido os recursos, segundo vídeo da PF. Costa prestou depoimento nesta terça-feira e foi solto pela ministra Eliana Calmon, do STJ.

Os rumores de que Silas Rondeau sairia do Ministério, para afastar a crise do governo e se defender das acusações, começaram a ganhar força na noite desta segunda-feira, após declarações do senador José Sarney (PMDB-AP), padrinho político do ministro. No momento, Sarney disse achar que Rondeau deveria deixar o cargo para "sair do foco" enquanto prosseguem as investigações da Polícia Federal.

Investigações da Polícia Federal dão conta de que o esquema montado pela empresa Gautama envolveria também obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o carro-chefe do segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre eles, o Luz para Todos.

O PAC prevê investimentos de R$ 503 bilhões entre 2007 e 2010. A maior parte dos investimentos do programa está justamente sob o guarda chuva do Ministério de Minas e Energia. Correspondem a obras no setor elétrico e envolvem mais de R$ 200 bilhões em recursos previstos para este e para os próximos três anos.

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