O ex-governador do Distrito Federal (DF) Joaquim Roriz considerou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que invalidou a Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2010 como "tardia". Segundo o assessor de imprensa da família Roriz, Paulo Fona, o ex-governador comentou a decisão na manhã desta quinta-feira (24) no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde se recupera de uma cirurgia no coração realizada na última segunda-feira (21).
"Ele [Roriz] comentou que a decisão do Supremo foi de acordo com o que ele sempre disse, que a lei não poderia retroagir. Ele disse que a decisão foi tardia e lamenta que o povo do Distrito Federal não tenha conseguido fazer sua escolha", disse Fona.
Roriz desistiu de disputar o governo do DF nas eleições de outubro, depois de ter tido a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que baseou a decisão na Lei da Ficha Limpa. A lei impedia a candidatura de políticos com condenações em órgãos colegiados da Justiça ou que renunciaram ao mandato para escapar de processo de cassação.
Em 2007 , Roriz renunciou ao mandato de senador antes que uma investigação fosse iniciada no Conselho de Ética do Senado para investigar supostas irregularidades cometidas pelo então senador.
O Supremo Tribunal Federal (STF), que julgava um recurso de Roriz, chegou a um empate na decisão, e suspendeu a sessão no dia 23 de setembro, por tempo indeterminado. Sem a garantia da candidatura, Roriz resolveu desistir de concorrer ao cargo.
Segundo o assessor, Roriz tem previsão de alta para a próxima semana, quando deve retornar a Brasília. O ex-governador está acompanhado da mulher, Weslian e das filhas, entre elas a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN). Nesta quinta-feira (23), o Conselho de Ética da Câmara instaurou processo por quebra de decoro, que pode resultar na cassação do mandato da deputada.
A representação que pede a perda do mandato da deputada do PMN foi apresentada pelo PSOL, depois da revelação de um vídeo em que a Jaqueline aparece, ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo dinheiro das mãos de Durval Barbosa, pivô do escândalo de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília. Segundo o assessor da família Roriz, Jaqueline só deve retornar para Brasília na próxima semana.
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