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Comunicado divulgado pelo Hospital Albert Einstein nesta segunda-feira (8) informa que a governadora licenciada do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB) recebeu alta por volta das 10h.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a governdora já deixou o hospital logo após receber alta. Ela não falou com a imprensa.

De acordo com o secretário de Comunicação do Estado, Sérgio Macedo, Roseana não pode viajar de avião e deve ficar ainda por 15 dias em São Paulo, na casa de um parente. Ela será acompanhada por médicos durante o período.

Na última semana, Roseana foi submetida a uma cirurgia de clipagem (fechamento) de um aneurisma cerebral. O procedimento foi realizado com "sucesso", segundo boletim divulgado após a cirurgia, que durou quatro horas.

Cirurgia delicada

A cirurgia para retirada de aneurisma cerebral, como a que Roseana se submeteu nesta quarta, é considerada delicada pelos médicos. Mas a recuperação dos pacientes, nos casos em que o problema é detectado previamente, caso da governadora, costuma ser rápida.

O aneurisma cerebral é uma dilatação da parede de uma das artérias ou veias que irrigam o cérebro, formando uma espécie de bolha. Assintomática, a bolha vai crescendo progressivamente e pode estourar, provocando desde fortes dores (nos casos menos graves), podendo levar à morte.

O aneurisma de Roseana Sarney foi detectado durante um check-up no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, em novembro do ano passado. Após a campanha eleitoral, a governadora queixava-se de dores na cabeça.

De acordo com o neurocirurgião André Bianco, do Hospital Nove de Julho, nos casos em que o problema é detectado previamente, como o de Roseana, a recuperação dos pacientes costuma ser rápida, em até cinco dias.

Já quando há rompimento do aneurisma, a recuperação pode durar meses, dependendo da extensão da lesão no cérebro provocada pelo sangramento. Nos casos mais graves, pode deixar sequelas mesmo após a cirurgia.

Ainda segundo o médico, a predisposição genética é responsável pela minoria dos casos.

"Existe um componente genético, não identificado, que pode vir a desenvolver o aneurisma cerebral, mas é raro", diz. Fatores relacionados ao estilo de vida, como hipertensão arterial, colesterol alto, uso de cigarro e álcool também são fatores de risco.

O aneurisma de Roseana tem seis milímetros e se localiza na região cognitiva do cérebro. Ao chegar ao hospital Albert Einstein, onde foi internada na terça (2), a governadora disse que os últimos exames apontaram que não poderia mais esperar para realizar a cirurgia.

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