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A governadora do Rio, Rosinha Matheus descartou o uso da Força Nacional de Segurança Pública, do governo federal, para conter a onda de violência no Rio. Ela disse que vai recusar a ajuda do governo federal e comparou a violência do estado aos ataques promovidos em São Paulo neste ano. Ela lembrou que na ocasião, as autoridades paulistas também recusaram a ajuda do governo federal.

O Ministério da Justiça também descartou, por enquanto, a ajuda da Força Nacional ao governo do Rio. O ministério, no entanto, informou que um grupo de elite da Polícia Federal que atua no estado está auxiliando a Secretaria Estadual de Segurança nas investigações para descobrir os responsáveis e os motivos dos ataques. O grupo de inteligência, conhecido como Missão Suporte, faz escutas telefônicas regulares para investigar criminosos.

Com o ministro Márcio Thomaz Bastos de férias no litoral de São Paulo, coube ao secretário nacional de Segurança, Luiz Fernando Corrêa, acompanhar de perto as investigações. Corrêa, que já chefiou a Missão Suporte, telefonou diversas vezes para o atual e o próximo secretário de Segurança do Rio, Roberto Precioso e José Mariano Beltrame, respectivamente. Beltrame é o atual chefe da Missão Suporte, criada em 2003.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, Luiz Fernando Corrêa não discutiu com Precioso e Beltrame a possibilidade de envio da Força Nacional e disse acreditar na capacidade das autoridades estaduais, auxiliadas pela Polícia Federal, de conter a onda de violência.

O secretário de Segurança do Rio, Roberto Precioso, garantiu que a polícia tem a situação sob controle. E afirmou:

- Em relação aos ataques ocorridos em São Paulo, há uma diferença gritante: aqui a onda de violência foi refreada e a gente continua atento, porque o movimento não parou. Com relação a reforço, se houver necessidade, vamos recorrer, porque aqui não há nenhum irresponsável.

O prefeito Cesar Maia defendeu a ajuda das forças armadas no patrulhamento das vias expressas da cidade, como a Linha Vermelha, Linha Amarela e Avenida Brasil. Ele disse que a população deve ficar tranqüila no réveillon porque a segurança estará reforçada e afirmou estar disposto a ajudar financeiramente o governo do estado a pagar a jornada dupla dos policiais.

O governador eleito Sérgio Cabral disse que, se achar necessário, vai solicitar ao governo federal a convocação da Força Nacional para atuar no Rio de Janeiro. Segundo ele, é preciso manter a autoridade e não pode haver intimidação num momento como este.

- Temos que prestigiar as polícias, mas não vou titubear em chamar a Força Nacional. Faço isso no dia seguinte, se achar necessário. É preciso manter o princípio da autoridade e não pode haver intimidação. Não dá para usar sociologia barata numa hora dessa. Facínora tem que ser tratado como facínora.

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