A governadora do Rio, Rosinha Garotinho, defendeu nesta quarta-feira punição para integrantes do governo federal envolvidos com denúncias de corrupção. Para ela, já existem provas suficientes contra autoridades apontadas como participantes do mensalão, por exemplo. Rosinha chegou a dizer que há uma "grande quadrilha" no governo federal, mas foi ponderada ao falar do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
- Estou percebendo que isso é uma grande quadrilha. Muitas pessoas estão envolvidas e pessoas grandes no governo. O Palocci nós vamos aguardar. Mas se ele estiver envolvido nisso com provas, também tem de ser punido - disse.
Rosinha afirmou que as provas apresentadas até agora pelas CPIs são contundentes. A governadora acusou o governo federal de não agir de forma correta quando nega essas supostas evidências.
- Quando há denúncias, elas devem ser apuradas. Ninguém pode ser condenado antes da hora. Agora, quando têm provas, eu acho que as pessoas precisam ser afastadas e punidas. O que nós estamos assistindo no governo federal é que muitas provas já foram apresentadas. Existem bancos envolvidos, saques feitos, nomes das pessoas. Isso não basta? Dizer que não há provas para tudo o que vem acontecendo é brincadeira - afirmou.
A governadora fez as declarações ao deixar o gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Nelson Jobim, com quem conversou durante cerca de meia hora. Ela foi a Brasília tratar de ações judiciais de interesse do governo do Rio em tramitação no tribunal. Ela negou que tenha conversado com Jobim sobre a crise política ou outros temas relativos ao governo federal.