O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, se eximiu da responsabilidade de não ter recorrido, em 2009, quando presidia a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da decisão judicial em favor da Renascença Armazéns Gerais Ltda.
O pagamento de R$ 8 milhões feito este ano à Renascença pelo então diretor-financeiro da Conab, Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo, o senador Romero Jucá (PMDB-AP), abriu uma crise na Conab. Rossi demitiu Jucá Neto e em nenhum momento ele admitiu que poderia ter freado o processo, que terminou transitado em julgado.
Durante depoimento na Comissão de Agricultura do Senado, o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), perguntou ao ministro por que ele não recorreu, quando da publicação da sentença em primeiro grau favorável à Renascença. Wagner Rossi culpou os "escritórios terceirizados" que, segundo ele, eram responsáveis pelas nove mil ações da Conab. "Evidente que nenhum presidente acompanha nove mil processos, a Conab perdeu prazo em vários processos", justificou.
O ministro disse que não vai processar Oscar Jucá, que criticou sua gestão e denunciou irregularidades na Conab, porque não exerce "o ódio no limite". "Eu o demiti porque ele cometeu uma infração grave, não tenho por que agregar algo à sua pena", afirmou Wagner Rossi. Os governistas presentes se limitaram a elogiar o ministro, sem questionar nenhuma de suas afirmações.
PT apresenta novo “PL da Censura” para regular redes após crescimento da direita nas urnas
Janjapalooza terá apoio de estatais e “cachês simbólicos” devem somar R$ 900 mil
Não há inflação baixa sem controle de gastos: Banco Central repete alerta a Lula
De 6×1 a 4×3: PEC da redução de jornada é populista e pode ser “armadilha” para o emprego