Depois de deputados da base aliada terem sido alertados de que não teriam um começo de ano fácil em decorrência de ações de ajuste que o governo enviaria à Assembleia, o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB), negou que o governo esteja preparando “medidas que causem turbulência”. Segundo ele, projetos de aumento de tributos, privatizações ou mudanças em relação ao funcionalismo não estão em discussão no governo.
“Não existe nenhuma medida de impacto que dependa da Assembleia nem projetos que possam causar polêmica”, afirmou.
Apesar de rechaçar a ideia de que o governo vai enviar “medidas amargas” ou um “pacotaço”, Rossoni não nega a possibilidade de apresentação de medidas menos polêmicas.
“Não vou dizer que não tenha um ou outro projeto que tem que ser encaminhado à Assembleia, mas não que cause grandes impactos. São regulamentações que são normais”, disse o secretário sem detalhar as propostas.
Segundo Rossoni, sua fala na Assembleia na quarta-feira (1º) foi mal interpretada. O que ele queria dizer seria que o governo, diante da crise estaria em permanente ajuste interno, o que não significa, necessariamente, uma nova fase no ajuste fiscal.
Queda de receita
“A receita vem caindo assustadoramente. Nós tivemos uma queda de receita no mês de janeiro de mais de R$ 200 milhões em decorrência da crise. Nós torcemos que [a receita] pare de cair, agora temos que aguardar o comportamento da economia”, disse o secretário.
Apesar de negar o envio de medidas de austeridade no curto prazo, Rossoni deixa claro que tudo depende do cenário econômico.
“Se nós não tivermos crescimento da receita, mas se tivermos a estabilidade, nós estamos preparados para enfrentar a crise. Agora, se cair por cinco meses a receita do estado como caiu no último mês de janeiro, aí será o fim do mundo; aí vamos ter que ver o que fazer”.
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