O presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, afirmou ontem que não tem conhecimento sobre uma suposta decisão da executiva nacional de garantir a vaga para o senador Alvaro Dias (PSDB) disputar o governo do estado, caso o irmão, o senador Osmar Dias (PDT), não se defina pela candidatura em uma semana. Nenhuma liderança soube precisar de onde partiu a informação, mas a notícia provocou um alvoroço ontem nos meios políticos.
A especulação surgiu depois de um telefonema do presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, a Osmar Dias na noite de quarta-feira. Na conversa, o dirigente teria pedido para que o senador anuncie sua decisão de concorrer ou não a governador em uma semana.
Osmar teria explicado que precisa de mais tempo, pelo menos até o dia 19, quando o PDT decide em convenção nacional se lança o senador Cristóvam Buarque para a Presidência da República. Se o partido desistir da disputa, deixa os estados livres para optar pelas alianças mais convenientes.
Além da verticalização, Osmar Dias também apontou como complicador para uma definição imediata o seu estado de saúde, que ainda é delicado após a cirurgia vascular nas pernas realizada na semana passada. Mas foi a notícia de que Alvaro Dias seria o substituto no caso da desistência de Osmar que deixou os partidos da frente de oposição atônitos. O senador já declarou várias vezes que está trabalhando para disputar a reeleição.
O presidente Valdir Rossoni afirmou desconhecer qualquer posicionamento novo de Jereissati na definição do candidato do grupo. "O Tasso não me ligou e não sei de nada disso. Continuo na mesma posição, no que foi combinado em Brasília, durante reunião com a cúpula do partido. Nosso candidato será Osmar Dias ou Gustavo Fruet. Estamos trabalhando com nomes de pessoas e isso tem que ser respeitado", disse Rossoni.
O presidente do PDT em exercício, Augustinho Zucchi, também não confirmou a notícia. "Não tem nada disso, inclusive o Alvaro até ligou para o Osmar hoje e disse que não é candidato a governador", declarou. (KC)
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