O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), mudou o diretor-geral da Casa. Roberto Costacurta, que era diretor administrativo, assume a Diretoria Geral no lugar de Benoni Constante Manfrin, que deixa o Legislativo. Costacurta vai acumular a Diretoria Administrativa interinamente. Em nota oficial, Rossoni afirma que a substituição "consolida" o processo de mudanças internas desencadeadas desde 2011. "As mudanças são necessárias e estão acontecendo. Precisamos de um perfeito entrosamento e harmonia nos trabalhos internos da Casa, com os deputados e com os demais diretores. E o Roberto sabe trabalhar assim, fator importante", disse Rossoni.

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O 1º secretário da casa, deputado Plauto Miró (DEM), justificou a mudança como "ação administrativa". A reportagem da Gazeta do Povo tentou contato com Rossoni nesta quinta-feira (9), mas ele não atendeu as ligações.

Nos bastidores, a queda de Manfrin é atribuída a pelo menos dois desentendimentos. Um com o próprio Rossoni, há algumas semanas, e o outro com o diretor de pessoal, Bruno Perozin Garofani, homem de confiança do deputado Plauto Miró na direção da casa. Desde a briga, o presidente da Assembleia e o diretor geral não vinham conversando.

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Confiança

Costacurta tem uma ligação antiga com Rossoni. O novo diretor geral trabalhou por muitos anos na empresa de compensados do presidente. Em 2009, ele foi contratado para trabalhar como diretor administrativo da Fundação Municipal de Saúde de Bituruna, na Região Sul do Paraná, pela secretária Otilia Rossoni Silveira, irmã do presidente da Assembleia.

Quando assumiu o cargo na Diretoria Administrativa, Costacurta declarou-se como um "coringa" de Rossoni, sempre à disposição para atendê-lo.

Costacurta teve seu nome envolvido em uma investigação do Ministério Público, instaurada em junho de 2010, sobre funcionários públicos fantasmas. O novo diretor geral já negou as acusações e Rossoni declarou anteriormente confiar no servidor: "Não vejo problema [no fato de ele ser investigado pelo MP]. Já o apresentei à im­­­prensa e ele confirmou que sempre trabalhou na Casa e nunca foi fantasma. Tanto que ele está à disposição do MP para qualquer esclarecimento". A investigação do MP corre em sigilo.