A rota do tráfico em Alagoas passa pela conivência de membros da segurança pública que deveriam estar nas ruas para proteger a população, segundo admite a própria polícia.
Um integrante da cúpula da Polícia Civil denunciou que os traficantes são acobertados por policiais, guardas municipais e agentes penitenciários.
"Esses traficantes têm envolvimento com essas pessoas. Tem policial militar que recebe um valor por semana ou por mês para proteger o traficante."
É feito um acordo. Tem PM que dá proteção a "boca-de-fumo", denuncia um integrante da cúpula da Polícia Civil que não quis se identificar.
Na avaliação do chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal, delegado André Santos Costa, a crescente participação de Alagoas na rota internacional do tráfico deve-se principalmente aos próprios traficantes, que, mais fortalecidos, buscam localidades "menos visadas" e onde supostamente pensam que será mais difícil a polícia prendê-los.
"De forma geral, como os acusados de tráfico dispõem de muito dinheiro têm como corromper membros da segurança. Eles acham que aqui não serão presos. Mas não é assim, a gente prende", disse.
O delegado de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Joacir Avelino, diz que os criminosos são "informados". Sabem dos problemas da segurança pública do Estado. "O desaparelhamento das polícias de Alagoas acaba facilitando esse tipo de problema. Os criminosos sabem disso", alertou.
O reflexo dos problemas oriundos do tráfico já chegou a Alagoas. Crimes até então ocorridos apenas nos grandes centros urbanos chegaram aqui, como alerta o delegado.
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