Se Gleisi Hoffmann (PT-PR, foto) era considerada uma ministra discreta e que fugia dos holofotes, como senadora a atuação dela tem dado o que falar. Em um mês na Casa, Gleisi assumiu um estilo de parlamentar agressiva, seja com a oposição, seja com a base rebelada. Seu comportamento no Senado tem incomodado até colegas da base aliada, que dizem que a ministra está exagerando no protagonismo e sendo virulenta nas críticas. Há quem diga que Gleisi assumiu o papel que deveria ser do líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM). Gleisi rebate as críticas e cobra mais foco dos aliados insatisfeitos. "É um chororô que não encontra respaldo na realidade. Parece que há uma carência de atenção. Não se pode basear a atuação no Congresso nas relações pessoais e de afeto. Há exageros nas reclamações, eles choram mesmo!"
Aliás...
Fora do governo, Gleisi também tem tido mais tempo para se cuidar (inclusive para a campanha). Maquiar-se no carro em movimento ou almoçar quentinhas são coisas que ficaram para trás. A senadora fez um tratamento para tirar manchas de sol dos braços e das mãos, investiu em cremes e esfoliantes e usa laser para rejuvenescimento do rosto. "É uma questão de respeito com meus interlocutores cuidar da imagem", diz.
Emprego ou inflação?
Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica publicada ontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o legado econômico dos 11 anos de governo petista ao comentar a grave crise na zona do euro. "Nossos críticos dizem que o melhor é reduzir a oferta de emprego para reduzir a inflação, mas para nós a defesa do emprego é mais importante que a inflação".
Agenda
Amanhã - A presidente Dilma Rousseff vai a Santiago para assistir à posse da nova presidente chilena, Michele Bachelet.
Quarta-feira - A Comissão de Constituição e Justiça do Senado vota as novas regras para o endividamento dos estados.
Aqui, não!
Vista como a mais importante por ser a única pela qual passam todos os projetos de lei da Câmara, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), tem uma prioridade em 2014: evitar interferência de outros poderes no Legislativo. A declaração é do novo presidente da CCJ, Vicente Cândido. No ano passado, por exemplo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou uma decisão redefinindo o número de deputados federais que cada estado poderia eleger. O projeto de decreto legislativo gerou indisposição no plenário entre parlamentares que criticavam a medida por considerá-la invasão de competências. As informações são da Agência Brasil.
Colaborou: Cristina Rios.
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