Royalties: Espírito Santo também fará mobilização amanhã para sensibilizar o governo

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O Espírito Santo também se prepara uma grande mobilização em torno dos royalties do petróleo nesta quinta-feira e espera reunir pelo menos 10 mil pessoas na Praça dos Namorados, na capital a partir das 14 horas. Não se trata de uma manifestação nos moldes tradicionais. A ideia, segundo o governador do estado, Renato Casagrande, é realizar um grande evento político e cultural. Artistas e atletas locais campeões em disputas internacionais devem fazer apresentações para o público. Segundo ele, as mobilizações no Rio e no Espírito Santo têm por objetivo sensibilizar o governo federal a se envolver nas discussões sobre a distribuição dos royalties entre estados e municípios e garantir uma proposta mais equilibrada que não provoque prejuízos para os produtores.

Já foi decretado ponto facultativo para os serviços não essenciais. Ônibus especiais estão sendo acrescidos à frota para que as pessoas possam se deslocar com facilidade. Os transportes estarão liberados entre 13 horas e 15 horas para quem quiser se juntar aos manifestantes e entre 18 horas e 20 horas para garantir a volta para casa. O pedágio da terceira ponte também estará liberado nos mesmo horários.

O governador afirmou que o projeto que está sendo discutido no Congresso neste momento (apresentado pelo senador Vital do Rêgo e já aprovado pelo Senado há três semanas) impõe ao seu estado - segundo maior produtor do país - uma perda de receitas de R$ 4 bilhões até 2015.

Em 2012, o estado e seus municípios deixam de arrecadar quase R$ 600 milhões, e isso vai crescendo. É significativo porque fazemos investimentos e parte deles terá de ser cortada. Isso desorganiza alguns setores da administração pública. Às vezes, temos dificuldade de cortar custeio, porque é tudo muito amarrado.

Casagrande afirmou que está em contato os líderes no Congresso e já recebeu manifestações de apoio dos governadores de São Paulo, Geraldo Alkmin, e, de Minas Gerais, Antonio Anastasia.

"A ideia é preservar os contratos já firmados", defende o governador.