O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) afirmou, nesta quarta-feira (24), que as denúncias sobre a suspeita de uso de dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral, popularmente conhecido como "caixa 2", envolvendo ele e sua filha Renata Bueno não se sustentam. As investigações levam em conta a campanha legislativa de 2008, na qual Renata concorreu ao cargo de vereadora. Na ocasião, segundo o político, todas as contas de Renata foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

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A declaração foi dada à Gazeta do Povo um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender em caráter liminar a investigação em curso na 1ª Zona Eleitoral de Curitiba e determinar que Supremo acompanhe o caso. O ministro relator será Marco Aurélio Mello.

A decisão do STF acata um pedido ajuizado pelo próprio deputado, o qual alegou que, como que ele também está envolvido no processo, a 1ª Zona Eleitoral de Curitiba não tem competência de fazer os trabalhos. Por lei, deputados federais tem foro privilegiado e não podem ser julgados por tribunais de primeira instância.

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Segundo a 1ª Zona Eleitoral de Curitiba, já foi emitido um ofício à Polícia Federal para que o órgão devolva os autos do processo à Justiça Eleitoral, que encaminhará os documentos ao STF. O supremo não tem poder de investigação, e apenas acompanhará as investigações, que seguirão sendo realizadas pela Polícia Federal. Caso seja necessária a quebra de algum sigilo, por exemplo, a decisão será do STF.

Denúncias

De acordo com Bueno, as denúncias do uso de um suposto caixa 2 durante a campanha eleitoral de Renata têm fundamento em um dossiê que teria surgido após ela ter pedido afastamento do então vereador João Claudio Derosso, suspeito de estar envolvido em esquemas de irregularidades em contratos de publicidade da Câmara .

"Esse dossiê foi montado e distribuído por todos os lugares. Para montá-lo, misturaram, inclusive, documentos de um ano e de outro. Não sabemos de onde veio nem de quem é, só que surgiu bem na época dessa disputa da Renata com o Derosso", disse.