Depois de Geraldo Alckmin, agora é a vez de o comando de campanha do presidente Lula voltar suas atenções aos estados do Sul e Sudeste. A força dos tucanos nessas regiões preocupa os petistas. A vantagem no Nordeste, avaliam, não será capaz de segurar Lula na frente numa eventual disputa de dois turnos.
As primeiras providências começam a ser discutidas hoje, em reunião da coordenação de campanha. Uma das propostas é iniciar já uma bateria de pesquisas com os institutos contratados pelo PT, Vox Populi e Criterium, a fim de mapear as fragilidades da candidatura nas regiões. Nos dias 29 e 30, Lula estará no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, respectivamente, para testar seu discurso com os eleitores.
Aperto O PT fez as contas: até o final do primeiro turno, Lula não deverá fazer mais do que 70 atos de campanha. Em 2002, o petista teve cerca de 200 eventos no período. Naquela época, porém, não contava com a máquina federal.
Eu vou A direção petista se exaspera com as promessas de Lula. Mesmo com tempo curto, o presidente se comprometeu a prestigiar campanhas de aliados no Ceará, na Bahia, em Sergipe e em Roraima. Muitos desses lugares não são considerados prioritários pelo comando petista. Já passou Criticado pela postura do governo brasileiro na crise do gás com a Bolívia, Lula continua tratando com deferência o presidente Evo Morales. Deve comparecer à instalação da Assembléia Consituinte no país vizinho, marcada para 6 de agosto. Apito inicial O comando de campanha de Geraldo Alckmin inaugura na quarta-feira pela manhã seu comitê central, em Brasília. Os aliados do presidenciável tucano falam, por ora, em realizar um ato simples, com presença apenas de aliados nacionais. Milagreiro Paulo Hartung conseguiu unir PSDB e PT em torno de sua candidatura no Espírito Santo. O governador convenceu o tucano Luiz Paulo Velozzo Lucas, ex-prefeito de Vitória, a desistir do Senado em prol do lulista Renato Casagrande (PSB). Com isso, Alckmin ficou sem palanque eletrônico no estado.
Curto-circuito 1 A oposição acusa o governo de sobrecarregar o sistema de transmissão de energia para atender ao Sul do país, que vive situação de emergência pelo baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas da região. Curto-circuito 2 "O governo está encobrindo o apagão no Sul", diz José Carlos Aleluia (PFL-BA), que vê risco de blecaute no Sudeste.
Know-how Em seu relatório final, a CPI dos Sanguessugas vai propor que emendas para ambulâncias só sejam liberadas depois de aprovação dos conselhos municipais de saúde. A autora da idéia foi a ex-servidora Maria da Penha Lino, pivô do escândalo. Escuro Parlamentares da comissão se queixam por não ter acesso aos documentos anexados aos inquéritos do caso para preparar requerimentos e inquirir as testemunhas convocadas a depor. Boa memória Chamou a atenção dos integrantes da CPI dos Sanguessugas o grau de assertividade do depoimento de Luiz Vedoim, filho do dono da Planam. Em dado momento, ele diz: "Diga o nome de um deputado que lhe digo o número do gabinete".
Mostrar serviço 1 A CGU prepara para o fim de agosto, em plena campanha eleitoral, um projeto de lei que endurece e dá mais transparência à quarentena para servidores federais. Mostrar serviço 2 A quarentena aumentaria para um ano, atingiria cargos em escalões inferiores e novas funções, como diplomata e policial. Até 700 funcionários seriam afetados. Hoje são 50.
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TIROTEIO
* É lamentável que a liberação de verbas tenha ocorrido de forma tão intempestiva, só após a população paulista enfrentar uma catástrofe.
De João Carlos Meireles, coordenador do programa de governo do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), sobre os R$ 100 milhões do Fundo Penitenciário Nacional liberados para São Paulo depois de o PCC promover a segunda onda de ataques no estado.