O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, voltou a reconhecer nesta segunda-feira (16) que poderá haver no congresso da Fundação Ulysses Guimarães manifestações favoráveis ao desembarque do PMDB no governo federal, mas disse que elas são de uma minoria do partido. “Ainda é um seguimento minoritário dentro do partido. O PMDB é um partido com abertura total e nós vamos ter manifestações das mais variadas. O que a direção da sigla tem de ter é habilidade e competência suficientes para aferir qual é a vontade majoritária do partido”, disse.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o ministro já havia dito que não haveria “censura prévia” no evento desta terça-feira (17), que terá os microfones abertos para que críticos ao governo federal manifestem sua insatisfação e preguem a a ruptura do partido com a gestão da petista.
PMDB faz evento para reposicionar Temer como alternativa a Dilma
Leia a matéria completaPartido do vice-presidente Michel Temer, o PMDB se prepara para fazer no congresso uma demonstração vigorosa de seu descontentamento com os rumos do governo federal e de sua aliança com o PT.
O evento é visto pelos líderes da sigla como um primeiro passo na direção de um rompimento com os petistas. Com um documento com propostas econômicas, o PMDB quer se apresentar a líderes empresariais e formadores de opinião como um partido capaz de formular políticas que tirem o país da crise, invadindo uma seara que era dominada pelo oposicionista PSDB.
O documento foi recebido com desconfiança pelos tucanos, que viram nele uma tentativa do vice-presidente acenar para setores do meio empresarial, usando o discurso do PSDB, e se credenciar como alternativa segura para o Palácio do Planalto, caso a presidente não conclua o mandato.
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