A aprovação do novo Código Florestal dividiu ruralistas e ambientalistas. Mesmo ganhando a votação ao aprovarem o substitutivo do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), os ruralistas não se consideram vitoriosos. Eles entendem que o texto é um meio termo que atende aos produtores e a recuperação do meio ambiente. As informações são da Agência Brasil.
"Não é o sonho do produtor nem daqueles que defendem radicalmente as questões do meio ambiente. Mas foi o possível de ser construído. O texto possível do caminho do meio, que é o que estamos buscando, a produção sustentável, com respeito às questões do meio ambiente", disse o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Moreira Mendes (PSD-RO).
Contrário ao substitutivo do deputado Paulo Piau, o líder do PV, deputado Sarney Filho (MA), considerou o texto aprovado um retrocesso em relação à legislação atual. "Se não é uma vitória dos ruralistas, por que eles lutaram tanto para aprovar esse parecer? É incoerente. Acho, sim, que esse parecer do Piau é muito ruim e torna o Código Florestal um Frankenstein, que não tem cabeça, não tem pé, que ninguém entende direito".
Mudanças
O relator da proposta comemorou a aprovação do seu parecer, mas reconheceu que o tema precisará ser novamente discutido em breve. "Teremos que aperfeiçoar as faixas [de recomposição às margens dos rios]."
Segundo Piau, os produtores do país terão prazo de três anos para se adequarem. Contudo, nesse prazo, ele avalia que poderá ser aprovada uma nova lei.
O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), também disse que a proposta aprovada pela Câmara nesta noite é "insuficiente" e já nasce precisando de mudanças. "Depois de tantos anos, estamos talvez produzindo uma peça que não vai parar fácil em pé", disse Chinaglia.
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