A expectativa dos deputados para a audiência pública de hoje com o secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, é de uma sessão tensa e longa. Começa às 14h30 e não tem hora para acabar. Delazari terá uma hora para falar sem ser interrompido. Depois, cada deputado terá 5 minutos para fazer perguntas e mais dois minutos para réplica após a resposta do secretário. Os 54 parlamentares poderão questionar Delazari. As regras foram acertadas ontem, durante reunião entre os líderes da oposição e do governo. Mas o ex-líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), criticou o acordo. "Não é só com cinco minutos que vamos discutir a segurança. A pressa é inimiga da perfeição", disse. O líder do PDT, Luiz Carlos Martins (PDT), afirmou que vai questionar Delazari sobre o efetivo policial nos últimos oito anos. "É muito pouco. Hoje são 17 mil policiais, sendo que destes 3.100 são bombeiros, restando 13.900."
Aliás...
Falando em Assembleia, o PMDB entrou na Justiça pedindo o mandato do deputado estadual Mauro Moraes, que deixou o partido para se filiar no PSDB. "O mandato é nosso e não houve razão nenhuma para ele sair do partido", disse o presidente estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi. Já Mauro Moraes aguarda julgamento de outra ação contra o partido em que argumenta desfiliação por justa causa.
Ficção
A Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa abriu prazo de 10 dias para apresentação de emendas ao Orçamento de 2010. Cada deputado poderá propor no máximo R$ 2 milhões em propostas para saúde e educação. "Mas as emendas são só para dar satisfação eleitoral porque dificilmente serão atendidas", avisa o relator da comissão, Nereu Moura (PMDB). Em 2010, o governo só vai concluir obras já iniciadas.
Nos bons tempos
O convívio entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, do STF, chegou ao fundo do poço há cinco meses, quando eles discutiram em plenário. Barbosa acusou Mendes de manter "capangas" no Mato Grosso. Ouviu em resposta a acusação de que não era capaz de acompanhar as discussões do tribunal porque faltava muito às sessões. Mas, há duas décadas, os dois eram amigos, a ponto de frequentarem a mesma turma para beber cerveja e até de um comprar o carro usado do outro. O ano era 1988. Gilmar Mendes estava de partida para estudar na Alemanha. O atual presidente do STF tinha um Escort e queria vender a alguém próximo. Joaquim logo se habilitou para o negócio.
De jeito nenhum
Em depoimento à Justiça Federal, o ministro do TCU José Múcio Monteiro afirmou que o PTB "em hipótese nenhuma" participou do mensalão esquema de integrantes de partidos da base aliada do governo para corromper congressistas. Ex-coordenador político do governo Lula e ex-líder do partido na época do escândalo, Múcio disse que a parceria entre o PTB e o governo não envolveu vantagem financeira em troca de apoio durante as votações no Congresso.
Caso Battisti
O ministro do STF Marco Aurélio Mello afirmou ontem que deve ler entre os dias 4 e 5 de novembro, em plenário, seu voto sobre o pedido de extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti. Mello sinalizou ser contrário à extradição do italiano. Autor do pedido de vistas que adiou a definição do STF sobre o caso, Marco Aurélio disse que o processo poderia ser discutido nesta semana, mas devido a uma viagem ao exterior dos advogados de defesa de Battisti, o julgamento foi pré-agendado para a próxima semana.
Aliança
Na busca de apoio para a formação de uma aliança que lhe garanta respaldo para disputar a Presidência da República em 2010, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, participa hoje de jantar com parlamentares do PP.
"O Osmar fez certo de assinar a CPI do MST. Ele não vai mudar seu jeito de ser por causa dessa aliança."
Do presidente estadual do PDT, Augustinho Zucchi, sobre as chances do senador Osmar Dias ter o apoio do PT após apoiar a investigação no MST.
Perda de contato com a classe trabalhadora arruína democratas e acende alerta para petistas
Bolsonaro testa Moraes e cobra passaporte para posse de Trump; acompanhe o Sem Rodeios
BC dá “puxão de orelha” no governo Lula e cobra compromisso com ajuste fiscal
Comparada ao grande porrete americano, caneta de Moraes é um graveto seco